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Policial

Jovem machucado em lava-jato de MS não corre mais risco de vida

Funcionário e dono de lava-jato introduziram mangueira de ar em seu ânus. Ele foi transferido para a enfermaria, mas perdeu parte do intestino.

G1 MS

08 de Fevereiro de 2017 - 09:51

Após ter mangueira de ar introduzida no ânus em lava-jato de Campo Grande e perder parte do intestino, o adolescente de 17 anos não corre mais risco de vida e foi transferido para a enfermaria da Santa Casa nesta terça-feira (7).

Ele trabalhava no local, na Vila Morumbi, e na sexta-feira (3) sofreu a lesão no órgão íntimo durante a brincadeira. O dono do lava-jato, de 20 anos, introduziou uma mangueira de compressão de ar no ânus do adolescente enquanto o outro suspeito, de 30 anos, o segurava.

A vítima foi levada até a Santa Casa em estado grave e passou por cirurgias. Ele perdeu parte do intestino. A pressão do ar foi tão intensa que estourou o intestino grosso e comprimiu os pulmões, trancando as válvulas respiratórias.

Hospitalizado na Santa Casa de Campo Grande, ele inicialmente ficou na área vermelha, foi transferido para a área amarela e agora foi para a enfermaria, não correndo mais risco de vida.

A ação também foi testemunhada por um garoto de 11 anos. Em depoimento, ele afirmou que essa brincadeira era frequente entre a vítima e suspeitos. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, a vítima teria começado a brincadeira no dia do crime. O funcionário estaria no banheiro quando o adolescente teria esguichado água no mesmo por debaixo da porta.

Durante o crime, o jato de água foi lançado na região das nádegas e, mesmo por cima da roupa, danificou o organismo do adolescente. Os homens informaram o ocorrido aos familiares e se apresentaram, espontaneamente, na delegacia. Eles não foram presos porque assumiram  a responsabilidade do crime e não oferecem riscos à vítima, explicou Lauretto.

O caso, por enquanto, não foi registrado como abuso porque não ficou evidente a conotação sexual, de acordo com o delegado. A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) está investigando o crime.