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Policial

Justiça decreta prisão preventiva para sete Policiais envolvidos com Polaco

Dono de um patrimônio milionário, Polaco responde a processos por contrabando de cigarro e lavagem de dinheiro

Flavio Paes/Região News

06 de Dezembro de 2011 - 09:34

Justiça decreta prisão preventiva para sete Policiais envolvidos com Polaco
Justi - Foto: Divulga

O cabo da Polícia Militar Vanilson Nogueira da Costa, lotado no 2º Pelotão da Polícia Militar em Sidrolândia, foi um dos sete policiais que tiveram ontem a prisão preventiva decretada. Vanilson aparece num vídeo (veiculado em rede nacional no programa Domingo Especular da TV Record) recebendo propina de um dos filhos do contrabandista.

 A quadrilha foi alvo da operação Alvorada Voraz, realizada no último dia 23 de novembro pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Os policiais militares são acusados de receber propina para fazer “vista grossa” aos comboios de cigarros, além de escolta do contrabando.  De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), foram decretadas as prisões preventivas de seis PMs: cabo Vanilson Nogueira da Costa, cabo Wanderlei Leite Alves, cabo Roberto Mendes, sargento Flaudemir Justino Alves, capitão Edival Alves Calixto e o soldado Nivaldo Mancuelho Portilho.

Também ficarão presos por tempo indeterminado Polaco, Denis Marcelo Grejianin (filho de Polaco), Antônio Romero Jorge Pereira (casado com irmã do Polaco e seria “laranja”), Jorge Antonio Leite Ritir (contrabandista e motorista da organização) e Márcio José Valles Cardoso (contrabandista e motorista do grupo).

Ao todo, foram expedidos 17 mandados de prisão. Um está foragido. Trata-se de Aparecido Costa, que inicialmente foi identificado como agente tributário estadual, mas a informação foi contestada pelo Sindate/MS (Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul).

O Gaeco investiga o grupo desde outubro do ano passado. Foram realizadas apreensões de mais de 50 carretas de cigarros em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, totalizando sete milhões e quinhentos mil maços apreendidos, avaliados em R$ 20 milhões.

Dono de um patrimônio milionário, Polaco responde a processos por contrabando de cigarro e lavagem de dinheiro. A justiça federal já sequestrou seis fazendas de propriedade do contrabandista, sendo uma avaliada em R$ 20 milhões.

Alcides Grejianin também foi apontado como um dos envolvidos na morte do auditor da Receita Federal, Carlos Renato Zamo, que foi assassinado em outubro de 2006. Ele foi encontrado carbonizado dentro de um veículo na MS-295, entre as cidades de Iguatemi e Eldorado.