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Policial

Justiça determina sigilo no processo de PRF que matou empresário

O empresário Adriano Correia foi morto pelo policial rodoviário federal, atingido por cinco disparos, segundo a perícia.

Correio do Estado

09 de Janeiro de 2017 - 16:05

Processo envolvendo o agente da Polícia Rodoviária Federal, Ricardo Moon, vai correr em sigilo, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O PRF é acusado de ter matado o empresário Adriano Correia do Nascimento depois de briga de trânsito, no Centro de Campo Grande. O crime aconteceu no dia 31 de dezembro. 

O advogado de Moon, Renê Siufi, explicou ao Portal Correio do Estado que o pedido pelo sigilo não partiu da defesa. “Deve ter sido solicitado pela própria delegada que cuida do caso”. 

Renê disse ainda não ter definido a tese da defesa porque o inquérito sobre o caso está em andamento. 

“Estamos aguardando o relatório. Vamos examinar o inquérito e decidir o que vamos fazer. Se vamos entrar com algum pedido no tribunal. Precisamos aguardar para ter uma posição mais concreta”, finalizou. 

O CASO

O empresário Adriano Correia foi morto pelo policial rodoviário federal, atingido por cinco disparos, segundo a perícia. Ele sofreu duas perfurações no tórax, uma na costela e outra no braço direito. O crime aconteceu enquanto vítima e dois familiares retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário.

Informações da Polícia Civil apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial. No cruzamento da 26 com a Ernesto Geisel, peritos apreenderam sete cápsulas de pistola, e mais uma perto do veículo da vítima. 

VERSÃO DO POLICIAL

A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul afirmou que, na versão do policial preso em flagrante, ele teria tentado abordar a caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano Correia, que teria desobedecido e avançado com o veículo na direção do agente. Diante da ocorrência, o policial, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, teria perseguido a vítima e efetuado os disparos em seguida.