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Policial

Laudo revela que menina de 15 anos morreu afogada e sem ajuda de amigos

De acordo com um laudo preliminar, Izabela teria morrido por asfixia, afogada, depois de o carro cair no córrego.

Midiamax

16 de Janeiro de 2017 - 16:19

A morte de Izabela da Silva, de 15 anos, em um acidente na madrugada deste domingo (15), depois que o carro em que estava, um Chevrolet Monza, caiu no córrego Lagoa foi por asfixia.

De acordo com um laudo preliminar, Izabela teria morrido por asfixia, afogada, depois de o carro cair no córrego. Um familiar, de 36 anos, que não quis se identificar disse a equipe do Jornal Midiamax, que o que aconteceu foi uma sucessão de erros.

Começando pela entrada da adolescente na boate, na Avenida Ernesto Geisel, que a família quer que seja responsabilizada, e que também o indiciamento do motorista por corrupção de menores. Segundo o familiar, no sábado (14) a menina teria ajudado a mãe nos afazeres domésticos para conseguir permissão para ir até a casa da amiga tomar tereré.

A mãe de Izabela, que tem mais dois filhos, de 4 e 7 anos, não sabia que a filha ia até a boate, já que a menina não teria contado a ela. Ainda de acordo com informações, os depoimentos de duas adolescentes que estavam na companhia de Izabela  são contraditórios.

Uma das meninas disse que houve a perseguição ao carro, já a outra menina disse que quando o veículo caiu no córrego, o rapaz que estava na motocicleta não estava mais perseguindo o grupo.

A polícia também investiga a participação de um suposto namorado da adolescente que faleceu na perseguição ao Monza. Relatos dão conta que Izabela e o garoto teriam se encontrado na boate dando início à confusão que terminou com o queda do veículo no córrego.

Depoimento

O motorista que conduzia o veículo Chevrolet Monza, que resultou na morte de Izabela da Silva, de 15 anos, se apresentou neste domingo (15) à noite na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga e prestou depoimento, segundo informações extraoficiais.

Os detalhes do depoimento não foram revelados pela polícia, que apenas afirmou que o motorista disse que achava ter ouvido disparos em direção ao carro, já o autor da perseguição aos jovens que estavam no veículo deve se apresentar ainda nesta semana. Ainda de acordo com informações, a polícia não constatou marcas de tiros no veículo.

A perseguição e o acidente

Izabela da Silva estava com um grupo de mais seis pessoas em uma boate, na Avenida Ernesto Geisel, identificada como Macalé. O grupo teria discutido com outro rapaz, que esperou os jovens saírem do local para começar a perseguição.

Ao chegar a Rua Petrópolis com a Rua Lúdio Coelho, o motorista teria perdido o controle da direção e caído com o carro no córrego, causando a morte de Izabela. Dois rapazes que estavam com ela pediram ajuda de um motorista que passava pela Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho. Enquanto a testemunha descia o barranco do córrego para ajudar as meninas feridas, os jovens fugiram.

À polícia, o homem que prestou socorro às vítimas contou que passava pela avenida, quando viu os dois jovens pedindo ajuda e sinalizando para ele parar o veículo. Logo os rapazes contaram do acidente e a testemunha desceu até o córrego para ver o que estava acontecendo.

Perto do Chevrolet Monza, que havia caído no córrego, ele encontrou três meninas, ajudou duas delas e percebeu a terceira já estava sem vida. Foi o homem quem ligou para o socorro e quando voltou para avenida, notou que os dois jovens que o abordaram tinham fugido.

Abalada com a morte da menina, a mãe de Izabela contou que não sabia que a filha iria para uma boate, pois ela saiu de casa dizendo que iria tomar tereré na casa de uma amiga, conhecida da família.