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Policial

Menina de 13 anos denuncia que foi estuprada pelo irmão e sofre assédio

Um garato de 13 anos pediu socorro à rede de proteção à infância e a adolescência do município de Sidrolândia em busca de ajuda.

Flávio Paes/Região News

09 de Setembro de 2020 - 13:48

Menina de 13 anos denuncia que foi estuprada pelo irmão e sofre assédio
Imagem Ilustrativa. Foto: Divulgação

Uma menina de apenas 13 anos de idade. Há pouco mais de 8 meses, quando fez aniversário em janeiro, ingressou na adolescência, mas continua com a compleição física de uma criança. Na semana passada ela pediu socorro à rede de proteção à infância e a adolescência do município de Sidrolândia em busca de ajuda. Sua história traz todos os ingredientes da tragédia de quem é vítima da desestrutura familiar. A mãe, que já cumpriu pena por tráfico de droga, por decisão da Justiça  perdeu a guarda dela.

Segundo ela, quando ainda morava com a mãe em Campo Grande, foi estuprada pelo próprio irmão, de 16 anos. Conforme o seu relato no Conselho Tutelar, a própria família (a mãe e uma tia) abafou o caso e ela veio morar com a avó materna num assentamento que fica a 70 quilômetros do centro de Sidrolândia.

Desde então, estaria sendo assediada pelo marido da avó, um senhor de 74 anos. Várias vezes acordou sobressaltada com o vodrasto deitado na cama, acariciando suas partes íntimas. Contou para avó que duvidou do seu relato, porque não acreditou que o marido seja um pedófilo.

Contou para a mãe e uma tia e elas a aconselharam a fugir de casa com um rapaz de 20 anos com quem passou a ter um romance, que para efeitos legais (embora o relacionamento tenha sido consentido) caracteriza estupro de vulnerável porque ela tem menos de 14 anos. O rapaz é enteado de um tio da menina que também mora no mesmo assentamento.

Os conselheiros tutelares receberam denúncia de que a menina estava sendo vítima de abuso através do CREAS. Ela pediu ajuda, por meio de mensagem de whatsapp, a uma psicóloga da unidade de atendimento que acionou o Conselho Tutelar.

Os conselheiros estiveram no assentamento, ouviram a garota, a trouxeram para o Conselho onde ela confirmou os abusos e a levaram na Delegacia de Polícia, onde no último dia 4 foi feito o boletim de ocorrência de abuso sexual supostamente praticado pelo marido da avó. Ela agora está morando numa casa abrigo à espera da deliberação do juiz.

O que motivou sua denuncia foi o temor de que estaria grávida de um adolescente de 15 anos (também residente no assentamento) com que também teve relacionamento sexual sem proteção. Como estava com dores na barriga e seu ciclo menstrual atrasados, pediu ajuda do Conselho Tutelar para fazer o teste de gravidez, que foi feito na UPA e deu negativo.

Segundo caso:

Em menos de duas semanas é o segundo caso de abuso sexual contra crianças. No mês passado uma menina de 12 anos, acusou o namorado de 21 anos, de tê-la agredido. O rapaz foi preso, mas sendo colocado em liberdade no dia 26 de agosto, após pagar fiança de um salário mínimo.

A menina foi levada para uma casa abrigo de ontem acabou fugindo. O juiz decretou medida protetiva, proibindo que o rapaz se aproxime da criança e dos familiares dela. Ano passado a menina e o namorado chegaram a ser atendidos na UPA, aparentemente com sinais de que haviam consumido droga.