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Policial

Menino que inventou ter sido estuprado planejou ação com mais dois

Ontem (10), o adolescente confessou que mentiu sobre o fato por temer represália da família por ter faltado às aulas por três dias

Campo Grande News

11 de Novembro de 2014 - 14:05

O menino de 13 anos que disse ter sido estuprado quando ia para escola no Bairro Rouxinóis, em Campo Grande, no último dia 4, planejou a ação com a ajuda de mais dois colegas para escapar de uma surra ao ser descoberto matando aula.

Ontem (10), o adolescente confessou que mentiu sobre o fato por temer represália da família por ter faltado às aulas por três dias. O menino contou à delegada DPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), Regina Mota, que inventou a história porque nos três dias anteriores estava matando aula com amigos e não queria ser castigados.

Na primeira versão, o adolescente contou que foi violentado por dois homens, sendo um de 18 anos e outro de 20 anos. No dia que o em que menino foi acompanhado de familiares registrar o boletim de ocorrência, ele chegou até mancando para demostrar que a história que contava era verdadeira. No entanto, ele fez exames que não comprovaram a violência.

Segundo Regina, familiares do adolescente procuraram a delegacia na sexta-feira (7), após ele confessar que estava inventado a história. No dia, ele foi levado ao posto de saúde para receber medicação contra DSTs (Doença Sexualmente Transmissível) e após se queixar da dor da medicação confessou a tia que estava mentindo.
A delegada então convocou o adolescente para prestar depoimento na segunda-feira, e ele confessou que havia inventado toda a história.

Conforme a delegada o caso será encaminhado para a Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Adolescência) e o adolescente pode responder por ato infracional análogo a falsa denunciação de crime, por ter inclusive descrito possíveis suspeitos que foram ouvidos e liberados pela policia.

“Agora o caso vai ser encaminhado para a Deaij e dos males o menor porque não chegamos a representar contra os suspeitos, pois já apurávamos a possibilidade da criança estar mentindo”, finalizou.