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Policial

Morte de professor: Polícia busca dois suspeitos do crime

O corpo dele foi encontrado degolado, na tarde desta terça-feira, dia 14, embaixo de um colchão no próprio quarto

Midiamax

15 de Junho de 2011 - 10:39

A Polícia Civil de Corumbá segue nesta quarta-feira, 15 de junho, com as investigações para encontrar o responsável pela morte do professor Ramão Jacinto Espíndola. O corpo dele foi encontrado degolado, na tarde desta terça-feira, dia 14, embaixo de um colchão no próprio quarto.

"Ao longo de toda a noite fizemos diligências. Ouvimos familiares e outras pessoas que tinham alguma ligação com a vítima", explicou a este Diário o delegado titular do 1º Distrito de Polícia Civil, Jeferson Rosa Dias, responsável pelas investigações.

De acordo com o titular do 1º DP, a medida que o trabalho investigativo avança, nomes - de possíveis envolvidos - "vão surgindo", afirmou o delegado ao informar ter outros dois suspeitos sob investigação. O adolescente de 17 anos, que era o suspeito inicial e estaria em Campo Grande, foi localizado pelos agentes comandados pelo delegado Jeferson. "Foi ouvido e inicialmente liberado, mas permanece sendo investigado", complementou.

"A equipe faz um trabalho intenso e ao longo desta quarta-feira vamos fazer diligência em vários locais da cidade", antecipou o delegado. Jeferson Dias disse também que o carro da vítima - um Ford KA branco, ainda não foi encontrado, mas a ocorrência de roubo já está no sistema de registro da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

O delegado titular do 1º DP informou ter prazo de 30 dias para concluir no inquérito e disse que a Policia segue trabalhando com a hipótese de latrocínio, que é roubo seguido de morte. Crime que dá pena de 20 a 30 anos de prisão em caso de condenação judicial. "Não conseguimos vislumbrar outra linha de investigação que não seja a de latrocínio", complementou Jeferson Rosa Dias.

Ausência na escola

O crime foi "bárbaro" e apenas um cabo, que aparenta ser de uma faca, foi encontrado pela polícia, informou o delegado Jeferson logo após o trabalho da perícia técnica da Polícia Civil na casa do professor, ainda na tarde desta terça-feira, dia 14. "Encontramos o corpo em estado de decomposição, o que leva a crer que ele tenha sido assassinado na quinta-feira, ou sexta-feira, não sabemos exatamente, mas de acordo com conhecidos, a última vez que a vítima foi vista, foi na quinta-feira. A vítima foi degolada e encontramos no local o cabo de uma faca. Agora, o Instituto Médico Legal irá verificar se a lâmina se encontra dentro do corpo, o que é uma grande probabilidade", afirmou o titular do 1º DP.

"Encontramos o quarto desalinhado, o corpo se encontrava embaixo do colchão. Pudemos identificar que os autores entraram pelo telhado e saíram pela porta da frente, levando os objetos e o carro. A princípio, os vizinhos não ouviram nada", disse o delegado.

A morte de Ramão só foi descoberta porque o diretor de uma escola onde o professor lecionava estranhou a ausência dele por dois dias e foi procurá-lo. "Comecei a sentir sua falta desde sexta-feira, 10 de junho, pois ele não foi dar aulas, não apareceu, não telefonou. Na segunda-feira, também não tivemos notícias, nem hoje, resolvi procurá-lo. Quando cheguei em sua casa, o portão estava destrancado, me dirigi para a porta e notei que ela estava aberta. O cheiro era insuportável, vi alguns sinais no chão, me apavorei e chamei a Polícia, que me orientou a não entrar e aguardar que eles viessem verificar e foi constatado o que não queríamos acreditar, os policiais o encontraram morto. É lamentável, estamos todos muito abalados com a situação", contou o diretor da Escola Enam, Frederico Malta, ao Diário.