Policial
OAB-MS pede explicações sobre mortes em confronto com a PM
Segundo a comissão de Direitos Humanos, foram 4 mortes no mês de maio. Comando da PM disse que será feito levantamento para apurar mortes.
G1
30 de Maio de 2012 - 14:00
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogado do Brasil (OAB-MS) pediu à Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado explicações sobre os últimos casos de mortes de suspeitos de crimes em confronto com a Polícia Militar. O documento foi enviado na segundafeira (28) solicitando um posicionamento sobre o aumento no número de mortos.
Em nota divulgada pela OAB-MS, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Kelly Cristiny, avaliou que o trabalho da PM é de repressão, mas que os últimos registros de mortes "colocam em risco a sociedade".
Kelly Cristiny disse ainda que os militares podem estar trabalhando sob tensão ou sobrecarga. No documento, ela relembrou que, no mês de abril, policiais militares realizaram protestos pedindo reajuste de salário e queixando-se da defasagem de pessoal.
Em resposta à OAB/MS, o comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Coronel Carlos Alberto David dos Santos, disse que vai analisar caso a caso, mas que não poderia se pronunciar sem se aprofundar no assunto.
Segundo a OAB, o coronel disse também que já pediu à Corregedoria da Polícia Militar um levantamento de todos os casos de mortos em confronto. Ainda de acordo com a resposta do coronel à OAB, a PM está aberta à reuniões para discutir o assunto.
Casos
Segundo a OAB-MS, em Campo Grande, somente no mês de maio, foram registradas quatro mortes e um suspeito ferido em trocas de tiros com policiais da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) e 10º Batalhão da Polícia Militar.




