Policial
Operação da Polícia Federal vaza e estraga investigação
A operação, que envolveu 120 investigadores, 80 deles da PF e 40 da Receita Federal, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão
Correio do Estado
11 de Novembro de 2014 - 08:37
A Labirinto de Creta, operação da Polícia Federal tida como uma das maiores investidas contra a lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal (R$ 200 milhões), nos últimos anos, implicando redes frigoríficas instaladas nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, vazou antes de ser deflagrada, na noite anterior ao dia 6, quinta-feira passada, e comprometeu a investigação que já durava 18 meses.
O
principal investigado é o empresário Reginaldo da Silva Maia, 54, dono do
frigorífico Beef Nobre, instalado em Campo Grande, com uma filial na cidade de
Nioaque. A empresa aparecia em nomes de laranjas, um deles José Antônio
Ferreira de Souza, morador de uma casa simples, em Nioaque.
A operação, que envolveu 120 investigadores, 80 deles da PF e 40 da Receita
Federal, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão. No entanto, conforme relato
de um do delegado da PF que chefiou a Labirinto de Creta, o qual o Correio
do Estado teve acesso, os implicados na trama, em torno de dez pessoas, a
maioria parente de Reginaldo Maia, sumiram com provas antes da chegada dos
policiais.
Note
trecho escrito pelo delegado da PF, Alexandre Boeing Noronha Dias, e juntado ao
processo que corre na 3ª Vara Federal, em Campo Grande: constatou-se na
churrasqueira da residência a existência de cinzas de papéis, com indícios de
recente destruição, inclusive com papeis do Bradesco. O caso em questão
ocorreu na Rua Manoel da Silveira DElboux, em Maringá.
Ali mora Rodrigo Maia, filho de Reginaldo Maia, o principal investigado,
segundo a denúncia produzida pelo Ministério Público Federal. Depois, os
policiais localizaram a mulher de Rodrigo, que disse que o marido havia
viajado.