Policial
PMs suspeitos de ligação com a máfia do cigarro transferidos para Capital
Os policiais foram remanejados enquanto não é concluído o processo de exclusão da corporação de todos os 29 presos nas operações Holambra
Flávio Paes/Região News
20 de Fevereiro de 2012 - 10:38
Os 22 policiais militares colocados em liberdade depois de terem sido presos em outubro do ano passado acusados de envolvimento com a máfia do cigarro, foram transferidos para Campo Grande onde prestam serviço na Companhia de Guarda e Escolta. Esta unidade é encarregada de fazer a segurança externa do Complexo Penitenciário da Capital e onde ficam presos os policiais envolvidos em crimes.
Os policiais foram remanejados enquanto não é concluído o processo de exclusão da corporação de todos os 29 presos nas operações Holambra, Alvorada Voraz e Fumus Malus. Só sete policiais não foram colocados em liberdade, por decisão da Justiça. Na sexta-feira foram revogados os hábeas corpus de dois policiais que estavam em liberdade.
Um dos que voltará ao presídio é o capitão Edval Alves Calixto. Ele foi detido em Brasília por força de um mandado judicial cumprido na Operação Alvorada Voraz. No grupo de 29 policiais militares presos, oito atuavam em Sidrolândia, Jorge Carvalho Vicente; Antônio Carlos da Silva Fontoura; Laudelino Gonçalves (subcomandante do Pelotão da PM); cabos Vanilson Nogueira e David Araújo Brites, além dos policiais rodoviários estaduais Fabio Wollameister, Enandes Alves Salves e Luciano Gomes.
Expulsão
A Corregedoria da PM aguarda a conclusão do trabalho da perícia, que está degravando áudios disponibilizados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para então decidir sobre a expulsão dos 29 policiais militares acusados de envolvimento com a máfia do cigarro. O coronel David não adiantou quantos militares podem ser expulsos, mas garantiu que o processo em andamento está sendo rigoroso.
Já o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), Wantuir Jacini, explicou que os trabalhos da Corregedoria estão em andamento, no entanto, algumas diligência e perícias são mais demoradas por serem técnicas. Ao final do procedimento e da defesa dos policiais é que a comissão e corregedor emitirão os pareceres e as penas, que podem ser desde repressão a suspensão, cadeia e expulsão, ressaltou.




