Policial
Polícia prende receptadores com R$ 50 mil ao investigar estelionato no RJ
Dos presos, sendo um homem de 34 anos, morador do Jardim Tarumã e outro, de 19 anos, morador do Coronel Antonino, apenas o último confessou o crime.
Campo Grande News
19 de Setembro de 2013 - 15:10
Ao investigar o crime de estelionato, oriundo de empresas do comércio eletrônico com sede no Rio de Janeiro, no qual os golpistas estariam fazendo compras com cartão clonado, a Polícia Civil da Capital desvendou dois receptadores e apreendeu mais de R$ 50 mil em produtos sem origem comprovada.
Após meses de investigação, a operação foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira (19). Segundo o delegado Fernando Paciello, titular da 6ª Delegacia, o inquérito policial explicava ao certo que a Polícia chegou a endereços inexistentes, porém em seguida descobriu que encomendas estavam sendo entregues em locais próximos.
A Polícia então fez ao juiz um pedido para comparecer em quatro endereços diferentes, entre eles nos bairros Tarumã e Coronel Antonino. Com a autorização judicial da busca e apreensão, homens da 4ª, 5ª e 6ª Delegacia, além de um policial perito em informática, da Deco (Delegacia Especializada em Repressão ao Crime Organizado), compareceram aos locais.
Eles aguardaram o início da manhã para adentrar simultaneamente nas casas, segundo o delegado Paciello. Com relação a nossa investigação inicial, de empresas que foram vítimas no Rio de Janeiro e no interior do Paraná, não encontramos nenhum produto. Porém, os envolvidos estavam com diversas outras encomendas ilícitas, conta o delegado Paciello.
Dos presos, sendo um homem de 34 anos, morador do Jardim Tarumã e outro, de 19 anos, morador do Coronel Antonino, apenas o último confessou o crime. O jovem contou inúmeras versões, conforme o delegado, porém os mais relevantes foram de que ele conheceu uma pessoa na internet, morador do Piauí e que com ele descobria dados frios para fazer compras na internet.
Já o outro informou que fazia as compras com o cartão próprio e que inclusive pagava as faturas. Em sua casa também foi flagrada uma arma e ele também será indiciado pelo porte ilegal de arma de fogo.
Nós convidamos a Receita Federal para comparecer a delegacia e eles comprovaram a fraude contra o Fisco, que seria a cobrança da dívida da lei de responsabilidade fiscal. Dessa maneira, os envolvidos responderão por receptação qualificada pela venda domiciliar, com a pena que pode ser agravada para até oito anos de reclusão, finaliza o delegado.