Policial
Policiais ligados à máfia do cigarro voltam à prisão
Em nova decisão, Justiça revoga liberdade provisória concedida também a um oficial da PM
Correio do Estado
20 de Fevereiro de 2012 - 08:25
A Justiça de Mato Grosso do Sul revogou a liberdade de dois policiais militares presos no decorrer das operações Holambra, Alvorada Voraz e Fumus Malus, deflagradas no final do ano passado para desmantelar quadrilhas especializadas em contrabando de cigarros. Dos 29 militares presos, apenas sete nunca deixaram o Presídio Militar, na Capital. Até o momento, dois dos 22 policiais libertados tiveram os habeas corpus revogados, dentre eles o capitão Edval Alves Calixto, que foi preso em Brasília por força de um mandado judicial cumprido na Operação Alvorada Voraz.
O comandante-geral da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos, explicou que na época das prisões dos policiais, todos eram lotados na Polícia Militar Rodoviária (PRE), no entanto, por determinação sua, aqueles que já estão em liberdade foram transferidos para a Companhia de Guarda e Escolta. Eu preferia que eles ficassem presos. Aliás, não só eu, mas a sociedade, lamentou.
Expulsão
A Corregedoria da PM aguarda a conclusão do trabalho da perícia, que está degravando áudios disponibilizados pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para então decidir sobre a expulsão dos 29 policiais militares acusados de envolvimento com a máfia do cigarro. O coronel David não adiantou quantos militares podem ser expulsos, mas garantiu que o processo em andamento está sendo rigoroso.
Já o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), Wantuir Jacini, explicou que os trabalhos da Corregedoria estão em andamento, no entanto, algumas diligência e perícias são mais demoradas por serem técnicas. Ao final do procedimento e da defesa dos policiais é que a comissão e corregedor emitirão os pareceres e as penas, que podem ser desde repressão a suspensão, cadeia e expulsão, ressaltou.




