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Policial

Prisão de dona de bar famoso pode revelar rede de prostituição no Estado

A dona do local, Conceição Aparecida de Lima, 48 anos, conhecida como Cidinha, foi presa.

Midiamax

08 de Julho de 2011 - 09:52

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul ainda não afastou a possibilidade de haver uma rede de prostituição atuando em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. As investigações ocmeçaram com denúncias sobre jovens exploradas sexualmente no bar Copacabana.

A dona do local, Conceição Aparecida de Lima, 48 anos, conhecida como Cidinha, foi presa.

Uma denúncia levou a Polícia Civil ao Copacabana. A proprietária é acusada de tráfico interno de pessoas para fim de exploração sexual. A denúncia partiu de uma jovem paulista que estava trabalhando no bar e dizia que tentou partir, mas, que por ter uma dívida com a casa foi impedida de deixar o local.

Cidinha nega manter as mulheres em cárcere e diz que “se elas transavam com clientes do bar o faziam por conta própria”. No local foram encontradas outras 14 mulheres com idade entre 22 e 25 anos, entre elas jovens de São Paulo, Rio Grande do Sul Goiás e Paraná.

A denúncia era de que Cidinha segurava os documentos das mulheres até que elas pagassem as 'dívidas' que faziam com a casa. A mulher que fez a denúncia era prostituta em Jundiaí, quando teria sido contratada para atuar em Dourados com promessa de "ganhos elevados".

O golpe é antigo, e diversos jornais publicam inúmeros anúncios do tipo nas seções de classificados.

A delegada adverte para o perfil das mulheres encontradas nesta situação, geralmente recorrente. “São pessoas humildes, em situação de fragilidade, sem instrução e geralmente com filhos pequenos para criar”, indicou a delegada. “Não é incomum a situação, mas é crime e uma vez denunciado nós investigaremos e prenderemos os infratores deste tipo de delito” finalizou a delegada.

Cidinha está presa no 1° Departamento de Polícia de Dourados. A prisão ocorreu com auxilio da SIG - Serviço de Investigações Gerais da Polícia Civil.

Funcionamento

No local onde funcionava a casa de prostituição, nesta quinta-feira (8) não houve expediente. O painel luminoso com o nome da boate que indica seu funcionamento estava aceso, porém os portões estavam fechados. Vizinhos afirmaram que desde a prisão de Cidinha a casa não abria as portas. “Antes era o dia e a noite inteira um entra e sai no Copacabana”, conta um deles.

Segundo relatos de frequentadores, para entrar no bar era necessário pagar a quantia de R$ 20. A pessoa ganhava um bilhete de consumação que incluia uma lata de cerveja. No bar, ficariam as mulheres, que se aproximariam dos clientes para induzi-los a gastar comprando as bebidas, geralmente com preços altíssimos.

Se o cliente e a mulher combinavam o programa sexual, a Casa também ganhava. Para retirar as mulheres do local era necessário pagar uma taxa de R$ 70 para a dona do estabelecimento. Já o preço do programa dependia do acordo prévio entre cliente e “acompanhante”

Os preços passam de R$ 150 em média, dependendo do que o cliente quizesse fazer. "No local não havia quartos, era preciso usar um motel", conta. A tática, era adotada porque a existência de quartos para atendimento configuraria uma casa de prostituição em caso de uma batida policial.