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Policial

Reserva registra 32 mortes em 2012; polícia fecha o cerco em aldeia de Dourados

Dourados Agora

25 de Outubro de 2012 - 10:45

O índice de criminalidade da reserva indígena de Dourados chegou a um ponto crítico e preocupa autoridades e lideranças das aldeias. Somente em 2012, na área foram registradas 32 mortes, sendo dez por acidentes e afogamentos e outras 22 por assassinatos.

De acordo com o vice-líder da aldeia Jaguapirú, Neumar Mariano Silva, o maior problema é o consumo e o tráfico de entorpecentes. “Muita gente acha que a culpa é do alcoolismo, porém, estão enganadas, a droga é o câncer de todas as sociedades e já chegou aos índios”, disse.

Ele alerta que a reserva se tornou um dos principais pontos de fornecimento de drogas da região; diariamente, é possível encontrar pessoas que vivem fora das aldeias indo comprar maconha, cocaína, crack e outros. “O álcool é fácil de apreender, mas os traficantes não”, conta.

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal com apoio da Força Nacional de segurança deu início à Operação 'Urbi et Orbi' (que significa 'à cidade e ao mundo'), que tem como objetivo coibir os crimes na reserva indígena, por meio de varredura nos principais trechos da Bororó e Jaguapirú.

“Quando a polícia age, até que as coisas ficam mais tranquilas, mas não é sempre assim. Druante a Operação Tekohá, no ano passado, e com a chegada de uma delegacia itinerante, tivemos mais segurança, mas parece que os criminosos se acostumaram com a polícia e voltaram a agir”.

Neumar relata que em sua posição de vice-líder de uma comunidade, tenta auxiliar as autoridades principalmente no combate ao tráfico, mesmo correndo risco de vida. “Eu comunico tudo para a polícia, mas não me meto em certo assuntos pois sei que posso ser morto a qualquer momento”.