Policial
Sob efeito de droga, homem mata esposa e se fere para alegar legítima defesa
Laudos periciais não descartaram a possibilidade de que os ferimentos foram provocados em tentativa de suicídio.
Correio do Estado
24 de Novembro de 2016 - 13:53
Investigação da Delegacia de Atendimento a Mulher da Policia Civil de Ponta Porã apontou que Everton Leite, 36 anos, estava sob o efeito de drogas quando matou a facadas a esposa Ângela Maria de Souza, 34 anos. Crime aconteceu no dia 3 de outubro, na residência do casal, na Rua Goiás, Bairro Jardim América, na cidade de Ponta Porã.
Conforme
site Porã News, trabalho coordenado pela delegada Sueili Araujo concluiu que
depois de assassinar a esposa, durante discussão por motivo banal. Em seguida,
provocou vários ferimentos em seu corpo, sendo encontrado horas depois pela
polícia, dormindo em meio a grande quantidade de sangue.
A versão do suspeito foi desmentida por vizinhos e amigos. Laudos periciais não
descartaram a possibilidade de que os ferimentos foram provocados em tentativa
de suicídio.
Momentos antes de morrer, Maria de Fátima ligou para uma testemunha pedindo ajuda porque Everton ameaçava se matar. Recentemente, ele apresentava quadro depressivo em razão do uso de drogas.
CASO
Desentendimento do casal aconteceu por volta das 6h30, ocasião em que Everton
desferiu golpes de faca contra a esposa. Vizinhos acionaram equipe da Polícia
Militar (PM) e informaram que o marido havia assassinado a mulher na garagem da
casa da família.
No local, militares confirmaram a denúncia e encontraram Everton dormindo no quarto. Ele estava com ferimento na mão, no abdômen, foi socorrido por equipe do Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Regional, sob escolta policial.
Peritos identificaram na casa sinais de briga, móveis quebrados no quarto e grande quantidade de sangue no piso e na cama. Duas facas foram apreendidas no imóvel.
De acordo com vizinhos, brigas envolvendo o casal, em razão de ciúmes e uso de drogas, eram constantes. Everton foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por recurso que dificultou defesa da vítima e feminicídio.