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Policial

Tenente da reserva é preso com caixas de cigarro em caminhão de mudança

Militar foi preso em 2005 durante Operação Gatos de Botas da PF.

Midiamax

22 de Dezembro de 2016 - 16:46

Primeiro tenente da reserva da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Mauro Maurício da Silva Alonso foi flagrado, hoje de manhã, pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Presidente Prudente, São Paulo, com caixas de cigarro escondidas em caminhão de mudança.

Ao Portal Correio do Estado, agente da polícia contou que o veículo foi parado durante fiscalização de rotina. Durante a abordagem, o tenente apresentou a carteira funcional e disse que entregaria a mudança em Birigui, São Paulo.

Porém, após revista minuciosa foram encontradas 79 caixas de cigarro escondidas entre a mudança. Para a polícia, Mauro disse que carregou o caminhão em Dourados, Mato Grosso do Sul, e levaria para Presidente Prudente. Pelo serviço ele alegou que receberia R$ 50 por caixa, ou seja, R$ 3.950 ao todo.

Diante do ocorrido, Mauro foi encaminhado para a sede da Polícia Federal (PF), onde aguarda audiência de custódia que deve acontecer amanhã.

BOTAS DE GATOS

Conforme matéria publicada em 2006, no site Dourados News, no dia 22 de setembro de 2005, o militar foi um dos 20 presos durante Operação Gatos de Botas, realizada pela Polícia Federal (PF). Na ocasião, os funcionários foram detidos acusados de crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha e corrupção.

No dia da liberação dos 19 presos, Mauro foi o único a continuar detido, já que teria sido autuado por porte ilegal de arma. Informações apontam que o tenente foi comandante da PRE de Dourados e comandava a base quando foi pego na operação da PF.

Em agosto de 2005 a PF iniciou as investigações, depois da prisão de um traficante no Paraná. Na época, o traficante revelou que uma quadrilha formada por policiais militares rodoviários de MS facilitava e participava das atividades criminosas, como facilitação ao tráfico e contrabando.

De acordo com a denúncia e de outras informações obtidas, a PF monitorou os suspeitos durante 13 meses para entender toda a extensão da cadeia criminosa estruturada no Estado, culminando com a operação.