Policial
Testemunha que negou socorro à idosa atacada com machado tinha mandado de prisão por estupro
G1 MS
13 de Janeiro de 2024 - 08:14

Homem de 45 anos preso na quinta-feira (11), após testemunhar idosa sendo atacada pelo genro com um machado, prestou depoimento nesta sexta-feira (12) na Delegacia da Mulher de Paranaíba (MS). De acordo com a delegada Eva Maira Cogo, o homem confessou que não procurou a polícia antes porque tinha um mandado de prisão em aberto, por estupro. A vítima ficou 18 horas agonizando antes de ser socorrida, em um sítio do município de Paranaíba (MS).
O homem confirmou o que as outras duas testemunhas já haviam dito, que a idosa de 73 anos foi atacada pelas costas, no final da tarde de segunda (8). Apenas na terça (9) ela foi socorrida, ou seja, a vítima agonizou por 18 horas. O autor do crime, genro da mulher, se matou após o ataque.
Além do homem preso por estupro, outras duas pessoas presenciaram a cena e podem responder por omissão de socorro, uma mulher de 65 anos e um homem de 56. No entanto, conforme apurado pela reportagem, os dois colaboraram com a polícia. Em depoimento, ambos relataram que não procuraram a delegacia quando saíram do sítio porque um achou que o outro faria a denúncia.
Agora que a última testemunha foi ouvida, o inquérito deve ser concluído.
Briga pelo sítio
De acordo com a polícia, a discussão entre a idosa e o genro começou por divergências em relação ao sítio que eles tinham em sociedade. No dia do ataque, era o primeiro dia de trabalho da testemunha que foi presa ontem.
"Chegou de manhã e na hora do almoço, quando o genro foi até lá, mandou ele ir embora dizendo que não era pra ele trabalhar lá, mas ele ficou. No final da tarde, a idosa foi até o sítio e logo quando ela chegou, já foi atacada. Depois, o autor mandou ele ir embora de novo e dessa vez até ameaçou ele com um machado, segundo a versão dele. Outra testemunha, que dirigiu a caminhonete, também relatou ter sido ameaçada pelo genro", relatou a delegada.
Vítima foi salva com carro de funerária
Pelo estado da vítima ser considerado gravíssimo, socorrê-la era a prioridade da polícia. O carro da funerária foi o responsável por levar a vítima até um hospital da cidade para receber o atendimento médico.
“Como a viatura da funerária era muito similar a uma ambulância decidimos levar ela ali mesmo, não ia dar tempo de chamar o Corpo de Bombeiros, a propriedade fica a 22 quilômetros da cidade. Pegamos um colchão da casa, colocamos na viatura e levamos ela para o hospital”, explicou a delegada.
A vítima deu entrada no hospital em estado gravíssimo, com uma lesão na cabeça que deixou a massa encefálica exposta, foi entubada. A mulher segue internada em estado grave.




