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Política

Agora na oposição, Vadinho assiste lançamento de pacote no canto do muro

Vadinho lembrou que 80% dos recursos que custearão as obras anunciadas são do Governo Federal e os projetos foram elaborados na administração passada.

Flávio Paes/Região News

19 de Junho de 2014 - 23:20

Como era de se esperar, a bancada de oposição na Câmara embora tenha sido convidada, boicotou o lançamento do pacote de obras anunciado pelo prefeito Ari Basso quarta-feira à tarde. A exceção foi o vereador Edivaldo dos Santos, que em 2013 foi o líder do Governo no Legislativo.

Ele assistiu o evento no canto do muro do outro lado da rua de onde o palanque foi armado, em frente do Paço Municipal. Chamado para se juntar às autoridades presentes, o petista preferiu se manter onde estava, assistindo tudo de longe, apesar de ter dito a imprensa de não ter ouvido o convite do cerimonial.

Vadinho lembrou que 80% dos recursos que custearão as obras anunciadas são do Governo Federal e os projetos foram elaborados na administração do ex-prefeito Daltro Fiúza. Isto demonstraria, segundo o vereador, que a atual gestão não tem “criatividade, nem competência”, para desenvolver e elaborar novas ações.

Mesmo considerando como positivo os investimentos, (“ao invés de R$ 22 milhões, o município precisaria de R$ 40 milhões”), em entrevista ao Região News, Vadinho sentencia que não acredita na recuperação política do atual governo tucano.

“Esta é uma administração que deu o que tinha de dar, não dá atenção aos mais pobres. Faz demagogia ao pedir R$ 28 milhões ao Incra para recuperar as estradas vicinais e não gasta um centavo com agricultura familiar e as comunidades indígenas. Vetou minha emenda no PPA que criava o fundo de fomento e destinava um percentual da receita com a agricultura familiar. Ou seja, até 2016, a Prefeitura não vai colocar dinheiro para os assentados”, disparou.

Este radicalismo retórico contrasta com os conselhos do deputado Zé Teixeira, que aos 75 anos cumpre seu quinto mandato na Assembleia Legislativa, expressos quando se pronunciou na cerimônia de quarta-feira. Para o parlamentar, adversário não pode ser tratado como inimigo.

“Passadas as eleições, todas as forças políticas devem se unir num propósito único: fazer política em prol das pessoas, que afinal, esperam dos políticos um posicionamento sério, correto e de visão para o futuro. Não há mais espaço para políticos do quando pior melhor. As pessoas estão atentas a cada passo nosso, por isso devemos nos unir para garantir as melhorias necessárias para seu bem estar”, argumenta.