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Política

Azambuja questiona aumento de professores e pode enfrentar primeira greve de sua gestão

Com o impasse sobre o cumprimento, Azambuja corre o risco de enfrentar a primeira greve de sua gestão

Midiamax

14 de Janeiro de 2015 - 10:37

O Estado não dispõe de recurso para pagar o reajuste dos professores da rede estadual, afirma o governador de Mato Grosso do Sul (MS), Reinaldo Azambuja (PSDB).

Em agenda na manhã desta quarta-feira (14), o governador afirmou que é preciso abrir a discussão com a categoria, mas questionou a legislação, que, segundo ele, corre o risco de ser inconstitucional. “Será que não fere a lei de responsabilidade fiscal”, questiona

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) esperava reunião com Azambuja, na manhã desta quarta-feira, na governadoria, o que não houve, até então. O objetivo, segundo o presidente Roberto Magno, era discutir o aumento e as declarações do governo sobre dificuldade em cumprir o reajuste.

Com o impasse sobre o cumprimento, Azambuja corre o risco de enfrentar a primeira greve de sua gestão. Apesar de afirmar “que o momento não este”, o presidente afirmou que convocará assembleia com a categoria antes de começar o ano letivo, caso as tratativas com o executivo estadual não forem positivas.

Os professores da rede estadual de ensino devem receber, segundo o que prevê a Lei 4.464/13, 25% de reajuste a cada ano para que, até 2018, o piso local alcance o piso nacional da categoria.

No entanto, segundo Azambuja, o aumento geraria impacto de R$ 27 milhões, recurso não disponível pelo governo estadual por enquanto. “É uma irresponsabilidade assumir este compromisso e não dar conta de bancar depois. O aumento afeta a estrutura do Estado”, avaliou.

Azambuja criticou também o ex-governador André Puccinelli (PMDB), que concedeu o aumento em 2015. “É irresponsabilidade, se fosse possível pagar ele faria em 2014 e não teria remetido para 2015”.

Situação semelhante ocorreu em Campo Grande, quando professores da Reme (Rede Municipal de Educação) cobraram do prefeito de Campo Grande (MS), Gilmar Olarte (PP), o cumprimento da equiparação salarial.