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Política

Com tempos iguais no rádio e na TV, PSD e PSDB antecipam aliança em MS

A preferência da cúpula tucana é que o vice seja de Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado

Willams Araújo

30 de Maio de 2014 - 15:53

O presidente regional do PSD, Antônio João Hugo Rodrigues, antecipou nesta sexta-feira (30) apoio à candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul.

O anúncio foi feito pela manhã durante ato político ocorrido na Câmara de Vereadores de Campo Grande, do qual participaram dirigentes e militantes dos dois partidos.

Apesar disso, a aliança só será oficializada na convenção do PSD e do PSDB no mês de junho, conforme estabelece a legislação eleitoral. Azambuja deve enfrentar nas eleições deste ano como principais adversários na corrida rumo ao Parque dos Poderes, o senador Delcídio do Amaral (PT) e o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

Pelo acordo, Antonio João concorrerá ao Senado na chapa majoritária a ser encabeçada por Reinaldo Azambuja, que ainda espera uma definição do DEM e do PPS em relação ao seu vice.

A preferência da cúpula tucana é que o vice seja de Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado. O nome do deputado estadual Zé Teixeira (DEM) desponta como provável candidato ao cargo.

Além do PSD e PPS, Azambuja mencionou ainda como prováveis aliados, o DEM, presidido pelo deputado federal Luis Henrique Mandetta, e o Solidariedade.  “Estamos juntos já, vamos oficializar na convenção porque a lei manda, mas no meu coração já estamos oficializados”, disse Antonio João.

Para o presidente regional do PSDB, deputado estadual Marcio Monteiro, o PSDB sentiu a necessidade de construir um projeto diferente para Mato Grosso do Sul. “O Reinaldo vai fazer uma gestão moderna, empreendedora [...] Temos a convicção de que estamos preparados para construir um novo modelo de gestão para o Estado”, disse ainda o tucano.

Monteiro também fez referências à aliança com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab SP), presidente nacional da legenda. “Ter o PSD, Antônio João, como grande parceiro e grandes lideranças nos dá tranqüilidade de que teremos pessoas comprometidas com esse projeto”, completou Monteiro.

Novo rumo

Ao falar durante o ato, Azambuja disse que com o PSD e demais aliados, o PSDB poderá “construir um novo tempo para o Estado, fazer uma nova política em Mato Grosso do Sul, sem ranço com ninguém, com uma política que olhe para frente”.

Ele lembrou as trajetórias distintas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul depois da divisão do Estado, citando a expectativa frustrada de “Estado-modelo” que seria Mato Grosso do Sul e a atual desvantagem no comparativo com o Estado do norte, em termos econômicos, no âmbito do desenvolvimento.

“O Mato Grosso tem uma economia que é o dobro da nossa, então a gente se pergunta: o que aconteceu lá e não aconteceu aqui?”, questionou.

Para o tucano, a resposta é que dos 36 anos do novo Estado, 28 foram administrados por dois partidos que polarizaram as decisões até o momento. “Mas agora nós temos um momento ímpar para oferecer algo novo, próximo do cidadão, que escute as pessoas”, disse Reinaldo.

Nesse ponto, Reinaldo citou o projeto Pensando Mato Grosso do Sul, que já ouviu mais de 200 mil pessoas em pouco mais de um ano de caminhada. O projeto subsidiará a elaboração do plano de governo do PSDB para as eleições deste ano.