Depois de duas eleições municipais, repasses de emendas parlamentares para Sidrolândia caem 65%

A instabilidade política que Sidrolândia enfrentou depois de passar por duas eleições municipais (em outubro de 2012 e em março deste ano) acabou tendo impacto financeiro, com corte de 65% no valor dos repasses financeiros viabilizados por emendas parlamentares de deputados estaduais com destinação carimbada para saúde, educação e assistência social.

Enquanto no ano passado a cidade foi contemplada com emendas de oito deputados que garantiram o repasse de R$ 690 mil, agora os recursos minguaram para R$ 235 mil, destinados por sete deputados: George Takimoto, R$ 40 mil; Marquinhos Trad, R$ 30 mil; Marcio Fernandes, R$ 50 mil; Márcio Monteiro, R$ 30 mil; Osvane Ramos, R$ 20 mil e Rinaldo Modesto, R$ 30 mil e Pedro Kemp, R$ 35 mil. Nesta quarta-feira serão assinados apenas os convênios para liberação de recursos da área da saúde. Faltarão ainda os repasses para educação e assistência social.

Entre os deputados que vão beneficiar a cidade, não está, por exemplo, o deputado Paulo Correa, o segundo parlamentar mais votado na cidade na eleição de 2010, quando foi superado apenas pelo advogado Gerson Claro, que é natural de Sidrolândia.

Ano passado o parlamentar, apoiado pelo ex-prefeito Daltro Fiuza, reservou R$ 70 mil para a construção da cozinha piloto da Secretaria de Educação, inaugurada em dezembro do ano passado e R$ 100 mil para a compra de medicamentos.

Teria faltado articulação política já que Correa, além de ter apoiado o candidato do PMDB a prefeitura, Acelino Cristaldo, não tem ligação política com os dois vereadores eleitos pelo PR, partido do qual é presidente regional. David Olindo deixou a legenda e ingressou no Solidariedade e Nélio Paim, preferiu recorrer ao deputado federal Fábio Trad para garantir R$ 700 mil para ampliação do Hospital Elmiria Silvério Barbosa.

Desta vez a cidade não contou com emendas parlamentares de deputados como Maurício Picarelli, que em 2012 assegurou R$ 50 mil para o hospital e Alcides Bernal que não é mais deputado porque se elegeu prefeito da Capital, que garantiu R$ 180 mil. A contribuição dos petistas também ficou reduzida aos R$ 30 mil assegurados pelo deputado Pedro Kemp para a compra de um veículo para atender a comunidade indígena.

Ano passado Kemp foi bem mais generoso, R$ 200 mil, entretanto, parte dos recursos não foram liberados porque faltou documentação das entidades beneficiadas: R$ 80 mil para a Entidade Bom Samatarino, (que atua na recuperação de dependentes químicos); R$ 50 mil para uma associação de produtores instalar uma farinheira no Assentamento Eldorado. Os deputados  Cabo Almi (que garantiu R$ 100 mil ano ) e Laerte Tetila (que contribuiu com R$ 20 mil) neste ano não atenderam a cidade.   

Também não se confirmou a emenda parlamentar do deputado Jerson Domingo, prometida ao vereador Cledinaldo Codócio. Seriam R$ 50 mil para a APAE oferecer de contrapartida para a compra de um novo ônibus. Sem esta suplementação, a instituição perde os R$ 90 mil obtidos junto ao Fundeb que precisos aplicados até dezembro. Sem o dinheiro estadual, a associação vai tentar viabilizar receita com a venda em leilão de dois ônibus antigos.