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Política

Depois do veto à aliança com PSDB, PT discute novo rumo na segunda-feira

Questionado sobre o cenário atual, o deputado foi lacônico: “Temos novos nomes que podem sair candidatos ao Senado dentro do partido.

Willams Araújo

07 de Maio de 2014 - 15:32

O comando regional do PT marcou reunião para a próxima segunda-feira (12), na qual deve discutir um rumo a seguir depois do veto nacional a aliança com o PSDB em Mato Grosso do Sul.

O sonho dos petistas era reforçar o palanque do senador Delcídio do Amaral, pré-candidato ao governo estadual, com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) concorrendo ao Senado.

A dobradinha entre os dois grupos políticos ameaçava os planos do governador André Puccinelli (PMDB), que trabalha para eleger o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e a vice-governadora Simone Tebet (PMDB), o seu sucessor e ao Senado.

Embora já esperado pela maioria das lideranças petistas e tucanas, o anúncio sobre o veto muda totalmente o cenário político sul-mato-grossense, principalmente com a possibilidade do surgimento de uma terceira via, já que Azambuja pensa em entrar na disputa.

No encontro da semana que vem, o PT deve discutir uma nova composição, abrindo espaço para outros partidos indicarem os candidatos à vice e a senador na chapa majoritária.

O revés político, no entanto, provocou reações internas nos quadros da legenda, mesmo porque muitos apostavam na possibilidade da chamada “aliança branca” (informal) com o PSDB. Como Azambuja recusou a ideia, o jeito é achar um nome de peso para postular o cargo.

Há setores, inclusive, que já começaram a defender profundas mudanças na composição da chapa, com a indicação de novas lideranças, como é o caso do deputado estadual Pedro Kemp. Particularmente, Kemp acha que o eleitor está cansado de alguns militantes, por isso a ideia do surgimento de nomes novos, sem desgaste político.

Questionado sobre o cenário atual, o deputado foi lacônico: “Temos novos nomes que podem sair candidatos ao Senado dentro do partido. A população pode ter uma surpresa”.

GOVERNISTAS

Enquanto os petistas correm contra o prejuízo, os peemedebistas voltam a sonhar com a possibilidade de reatar a aliança histórica com o PSDB, mas oferecendo a vice que não interesse a Azambuja.

Com chapa fechada para o governo e o Senado, o PMDB busca o companheiro de palanque de Nelsinho, com preferência para Dourados, o segundo maior colégio eleitoral do Estado.

Sobre isso, Nelsinho revelou ter conversado com o prefeito de Dourados, Murilo Zauith, presidente regional do PSB. No entanto, garante não ter falado em nomes ainda. Um dos nomes do PSB lembrados na cúpula do PMDB para compor a chapa é o da advogada Tatiana Ujacow.

O pré-candidato do PMDB disse que fará exigências para ter o seu companheiro de chapa. “Tem que pensar ideologicamente como a gente pensa, ter boa reputação, ter condição geopolítica para nos representar bem. Quero que seja o PSB e por isso fiz o convite para compor”.