Política
Fábio Trad promove dia 4 audiência pública na Câmara para debater violência na fronteira
O grupo Mães da Fronteira defende um reforço na fiscalização das fronteiras, se possível com a criação de uma força policial.
Flavio Paes/Região News
25 de Junho de 2013 - 07:45
A audiência foi proposta pelo deputado a partir de solicitação do movimento Mães da Fronteira, uma organização não governamental criada por Lilian Silvestrini e Ângela Fernandes, mães dos estudantes Luigi Silvestrini de Araújo e Leonardo Batista Fernandes. Os jovens foram mortos ano passado por bandidos que levariam o carro no qual eles estavam para a Bolívia, onde trocariam por 3 quilos de cocaína.
Conforme Fábio Trad, a audiência deve contar com a participação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; da diretora geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, inspetora Maria Alice Nascimento de Souza; do superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Paulo Marcon; da defensora pública Edna Regina Batista da Cunha, titular da 6ª Defensoria Pública da 2ª Instância: do juiz federal, Odilon de Oliveira, além de familiares dos jovens, que já têm agendada uma audiência com o ministro da Justiça no próximo dia 29 de agosto.
O grupo Mães da Fronteira defende um reforço na fiscalização das fronteiras, se possível com a criação de uma força policial. Queremos que todos os carros que atravessem as fronteiras sejam fiscalizados, vistoriados, se isso for feito, não passará mais drogas e armas de nenhum lado, e consequentemente vamos salvar vidas, acredita a mãe de Breno, Lilian SIlvestrini.
O deputado Fábio Trad acredita que a audiência pública será importante para sensibilizar o Governo Federal e a sociedade de um ponto geral para a necessidade de reforçar a segurança na região fronteiriça. A audiência será uma oportunidade para o ministro e os parlamentares conhecerem casos como os que deram origem à criação do grupo Mães da Fronteira. Para o movimento também será vital porque garante visibilidade ao seu justo anseio.
O ministro José Eduardo Cardozo chegou a anunciar a criação de um corpo permanente de polícia nas fronteiras, mas reconheceu que a fixação de policiais nestas áreas é uma tarefa difícil. Segundo o ministro, o custo alto e a dificuldade de moradia e de os policiais visitarem os parentes são fatores que contribuem para a rotatividade do efetivo nesses locais.




