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Política

Governador eleito começa nesta segunda discutir nova estrutura administrativa

Reinaldo descarta o aumento da carga tributária. As alternativas, segundo ele, estão no enxugamento da máquina e na eficiência nos setores de compras.

Flávio Paes/Região News

01 de Dezembro de 2014 - 09:01

Para enfrentar os desafios do seu primeiro ano de gestão, em que prevê dificuldades financeiras diante dos compromissos que terá de honrar e o cenário econômico desfavorável, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prepara uma reforma administrativa com o enxugamento da máquina a partir da extinção e fusão de algumas secretarias.

Reinaldo descarta o aumento da carga tributária. As alternativas, segundo ele, estão no enxugamento da máquina e na eficiência nos setores de compras e negociações de contratos com empresas terceirizadas, entre outras. “Descartamos aumento de tributos porque a sociedade não suporta mais isso. Nós temos que ter eficiência, diminuir o tamanho do Estado, economizar nos cargos em comissão, melhorar no custeio, comprar melhor e com custo menor, acho que esse é o desafio”.

O tucano prevê que terá que implantar medidas que garantam o bom andamento das finanças do Estado. “Vamos fazer uma reunião, nesta segunda- feira, com um representante da Assembleia Legislativa, integrantes da equipe de transição e com o Movimento Brasil Competitivo, que vai mostrar qual o primeiro pensamento dessa remodelação administrativa que nós pretendemos mandar para o legislativo e implantar na gestão estadual”, explicou.

Em encontro com os deputados estaduais o governador eleito afirmou que os secretários, em seu governo, terão metas para serem cumpridas e será cobrada eficiência em cada pasta. “Cada secretário que assumir no nosso governo vai ter metas estabelecidas e vai assinar um contrato com o governo que eles têm que cumprir durante os anos em que vão representar o Estado”, antecipou.

“São metas importantes de melhoria na eficiência, desempenho das atividades, tanto no setor saúde, segurança pública, educação e outros ambientes do governo que são importantes. Discutir gestão e eficiência é importante porque melhora a gestão do governo com a população, que é o nosso objetivo”.

A preocupação do governador eleito está com os diversos compromissos firmados no atual Governo que vão impactar diretamente nas contas de 2015. Os principais gargalos do primeiro trimestre do próximo ano são o aumento da folha de pagamento dos funcionários do Estado, o aumento do duodécimo dos Poderes, o comprometimento com a dívida com a União e o pagamento dos empréstimos feitos pelo Estado com o BIRD (Banco Mundial) e BNDES. 

“Nós sabemos que temos grandes vencimentos dos empréstimos que o atual governador fez com o BIRD e BNDES, isso impacta nos vencimentos mensais e então isso preocupa, nós precisamos definir esse montante. Todos esses empréstimos começam a vencer em 2015 e vão ser pagos pelo povo de Mato Grosso do Sul e então precisamos saber se o Estado tem margem para investir ou só para pagar dividas e a folha”. 

No ano de 2015, serão 260 milhões de reais a mais nas despesas do Estado. “O que preocupa hoje é que nós vivemos uma retração da economia, que já sentimos claramente com desemprego, diminuição nas vendas do comércio, tudo isso impacta nas finanças públicas que já será iniciada com o incremento destas despesas”.