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Política

Investida do PR faz com que PT sepulte ideia de dar vice de Delcídio ao PDT

A preferência de Schmidt era pelo nome do empresário douradense Adão Parizotto, cuja manobra foi barrada pelos republicanos.

Willams Araújo

15 de Maio de 2014 - 13:19

Investida da cúpula regional do PR forçou o PT a sepultar de vez a ideia de dar a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pelo senador Delcídio do Amaral, pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, ao PDT, histórico aliado dos petistas no Estado.

O veto à indicação dos brizolistas para compor a chapa veio no momento em que o presidente regional do PDT, João Leite Schmidt, articulava nos bastidores na tentativa de emplacar o projeto, oferecendo R$ 20 milhões como doação da campanha petista, conforme asseguram interlocutores.

A preferência de Schmidt era pelo nome do empresário douradense Adão Parizotto, cuja manobra foi barrada pelos republicanos.

Em entrevista à imprensa, o ex-conselheiro chegou, inclusive, a adiantar que o PDT definiria na última quarta-feira (14) quem seria o nome do partido para compor a chapa de Delcídio. “Estamos analisando alguns nomes para podermos definir”.

Pressionado pelas lideranças republicanas, o comando regional do PT deve realizar uma Plenária na próxima segunda-feira (19) para “oficializar” um nome do PR para ser o candidato a vice de Delcídio.

A preferência da maioria dos membros do diretório do PT é pelo nome do deputado estadual Londres Machado, presidente regional do PR. No entanto, outros nomes estão sendo avaliados, como o da vereadora de Campo Grande, Grazielle Machado, e do ex-prefeito de Caarapó, Mateus Palma de Farias.

O cardeal, no entanto, não deve aceitar o cargo de vice porque deve tentar mais uma reeleição em outubro.

Apesar desse encaminhamento antecipado, a decisão do PT só terá validade a partir da convenção de junho, na qual o partido terá de homologar a aliança com o PR e outros partidos que integrarão a chapa majoritária.

Embora conte com a simpatia da maioria petista e seja o provável escolhido na Plenária da próxima semana, Londres, contudo, deverá indicar um correligionário para ser o companheiro de palanque de Delcídio, isso porque, está em plena pré-campanha ao seu décimo segundo mandato consecutivo.

A decisão de concorrer a mais uma reeleição, inclusive, foi anunciada, embora em tom de brincadeira, na visita que Londres fez na terça-feira à cidade de Aral Moreira.

Em certo momento, ao cumprimentar o ex-BBB Fael, pré-candidato a deputado estadual pelo PSB, Londres disse: “Quero o seu voto para presidente viu”, referindo-se a possibilidade de retornar ao comando da Assembleia Legislativa, na eventualidade de ser reeleito.

A brincadeira para as lideranças presentes ao ato em Aral Moreira foi vista com seriedade. “Ta vendo Fael, isso quer dizer que você vai se eleger deputado”, incentivou uma delas, referindo-se à possibilidade de Londres exercer seu oitavo mandato como presidente da Assembleia.

SENADO

Pelo encaminhamento, Delcídio deverá ter como candidato ao Senado o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, com apoio da direção nacional do PTB, já que em nível estadual o presidente do partido, Ivan Louzada, deve pedir votos para a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) porque tem compromisso com o governador André Puccinelli (PMDB), principal cabo eleitoral da correligionária.