Política
Marçal comemora liberação de medicamento para esclerose múltipla
O pedido a que isso pudesse acontecer foi apresentado ao deputado federal Marçal Filho (PMDB/MS) pelo Mopem (Movimento dos Portadores de Esclerose Múltipla).
De Brasília
25 de Abril de 2014 - 15:00
O Ministério da Saúde decidiu em abril deste ano liberar o uso de medicamento oral para tratamento da esclerose múltipla, uma doença neurológica crônica e degenerativa. Até então a doença só podia ser tratada por meio de medicamentos injetáveis.
O pedido a que isso pudesse acontecer foi apresentado ao deputado federal Marçal Filho (PMDB/MS) pelo Mopem (Movimento dos Portadores de Esclerose Múltipla).
À época, o deputado relatava o Orçamento Geral da União de 2014, para a área da saúde e organizou, em conjunto com a deputada Mara Gabrilli (PSDB/SP), seminário que, na Câmara dos Deputados, debateu os problemas enfrentados pelos pacientes.
As queixas que os portadores da doença me fizeram foram inúmeras quanto aos transtornos e sofrimento dos doentes durante o tratamento. As injeções, pelos relatos, precisam sempre ser assistidas. Não é nada que se possa fazer em casa com auxílio de um enfermeiro ou num posto de saúde perto de casa explica Marçal.
O parlamentar é autor e relator de diversas proposições que tramitam na Câmara e que interessam aos portadores de esclerose múltipla. Um deles é o Projeto de Lei 596/2011 que garante o tratamento adequado aos portadores pelo SUS, a matéria tramita em regime conclusivo.
Outro Projeto de autoria de Marçal é o PL5027/2013 que garante tratamento prioritário pelo SUS aos portadores da doença, em áreas indispensáveis ao controle da enfermidade, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapias.
A esclerose múltipla leva à destruição das chamadas bainhas de mielina (estruturas do cérebro pertencentes ao sistema nervoso central), prejudicando a neurotransmissão. Causa surtos, remissões, além de fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora, entre outros problemas.
Segundo a decisão do ministério o uso da forma oral do tratamento está recomendado sob algumas condições numa terceira linha de possibilidades de drogas contra à doença.
Para Marçal, a decisão é motivo de comemoração para a Mopem e familiares que acompanham os doentes. O uso da medicação oral foi autorizada. Agora uma consulta pública dará subsídios aos técnicos do ministério para decidirem pela inserção do medicamento no Sistema Único de Saúde, SUS completa o deputado.




