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Política

"Ou desmoraliza a Câmara, ou cassa Bernal", avalia político sobre comissão processante

Na avaliação de Mochi, as denúncias levantadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que fez um amplo trabalho, devem seguir seu rito.

Midiamax

04 de Novembro de 2013 - 13:30

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi declarou que a comissão processante instalada na câmara para investigar denúncias contra a administração do prefeito Alcides Bernal (PP) não terá um fim onde todos se salvam. Para o parlamentar, qualquer que seja um novo acordo, um dos lados vai ficar desmoralizado perante a sociedade.

Na avaliação de Mochi, as denúncias levantadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que fez um amplo trabalho, devem seguir seu rito. Ele lembra que a CPI não tinha poder condenatório, ao contrario da processante que agora julga atos da administração.

“Não tem sentido. Cria uma CPI, investiga, apura os fatos. Obviamente a CPI não tem caráter condenatório, tem investigativo. Agora a (comissão) processante tem e a pena vai ser aplicada por ela”, explica.

Sobre o resultado, o parlamentar adiante que a criação de uma CPI é muito séria e que ao final um dos lados vai acabar mal nessa história. “Qualquer que seja o novo acordo, para a sociedade fica um ‘ah, então tudo aquilo que se falou estava errado?’. Tem que se pensar muito antes de criar uma CPI por conta disso. A CPI trouxe as provas e a processante vai avaliá-las. Agora, ou desmoraliza a câmara, ou cassa o mandato do Bernal”, disparou.

Questionado se não teria outra saída, Mochi voltou a afirmar que se comprovadas as denúncias, a câmara cassa Bernal sob pena de se desmoralizar. “Se comprovadas as irregularidades, e elas prevêem a sanção punitiva correspondente a perda de mandato, a câmara não tem, na minha avaliação, sob pena de se desmoralizar , outro caminho, a não ser cassar”, finalizou.

O prefeito enfrenta uma comissão processante que pode cassar seu mandato, após denúncia formulada pelo advogado Luiz Pedro Gomes Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho, com base nas irregularidades apontadas na CPI da Inadimplência. O advogado de Bernal entregou a defesa na última quinta-feira à comissão, que agora tem cinco dias para elaborar o relatório e colocá-lo em julgamento na Casa de Leis.