Política
PR e PRP devem reforçar palanque petista, que mira até 12 partidos em MS
Delcídio deve enfrentar nas eleições de outubro o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).
Willams Araújo
26 de Maio de 2014 - 07:25
Além do PR, que promove encontro nesta segunda-feira (26) em Campo Grande a fim de definir seu destino político em torno das eleições deste ano, o PRP deve anunciar seu apoio à candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT) ao governo de Mato Grosso do Sul.
Com essas eventuais adesões, o pré-candidato petista deve atingir em torno de 10 a 11 partidos em sua aliança. A ideia é que quanto maior for a adesão de partidos a sua chapa, o candidato do PT à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) terá mais tempo para expor suas propostas no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, que terá início no mês de agosto.
O tempo de propaganda é calculado de acordo com o desempenho da legenda na última eleição. Dez minutos - um terço - de toda a exposição são divididos, igualitariamente, entre os candidatos, independente do partido. Já os outros dois terços são calculados de acordo com a representatividade na Câmara dos Deputados.
Delcídio deve enfrentar nas eleições de outubro o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).
No começo desta semana, o presidente regional do PR, deputado estadual Londres Machado, encaminha à discussão sobre a participação de seu partido na chapa a ser encabeçada por Delcídio, condicionando isso a indicação do candidato a vice-governador, cargo que está sendo disputado também pelo PDT.
O encontro, marcado para começar às 10 horas, deve reunir ainda os deputados estaduais Antonio Carlos Arroyo e Paulo Corrêa, prefeitos, vices, vereadores e dirigentes municipais.
Apesar da queda de braço entre republicanos e brizolistas, a preferência da maioria do PT é que o vice seja Londres Machado, a quem cabe a incumbência de aceitar ou indicar um de seus correligionários.
Decisão semelhante deve ser seguida pelo PRP, segundo adiantou o presidente da Comissão Regional da legenda, Dorival Betini.
Por enquanto, Delcídio diz contar com a possibilidade de ter o apoio do PDT, PR, PP, PTB, Pros, PV, PCdoB, PTC e PSL. Mas a ideia é atrair a adesão de outras legendas, como o PSC.
Se tudo der certo, a coligação liderada pelo PT poderá ser fechada já esta semana, com Delcídio na cabeça da chapa, um nome do PR como vice e um do PTB, provavelmente o presidente da Fiems (Federação das Indústrias), Sérgio Longen, como candidato ao Senado.
Oficialmente, a chapa majoritária petista só será homologada durante a convenção do partido que será realizada em junho.
DISSIDÊNCIAS
Além do apoio desses partidos, faltando ainda alguns encaminhamentos, Delcídio atraiu a adesão de lideranças de outros grupos políticos que resolveram abrir dissidência, como foram os casos dos prefeitos tucanos Douglas Figueiredo (Anastácio) e José Roberto Arcoverde (Iguatemi), além dos vice-prefeitos Marcelo Ascoli (Sidrolândia) e Horácio Junior Godoy (Caracol).
Por causa disso, Douglas, que também é presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), anunciou na última sexta-feira (23) sua desfiliação do PSDB, cuja decisão foi encaminhada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) no mesmo dia.




