Política
Prisão domiciliar não é necessária para Jefferson tratar câncer, diz laudo
O documento será usado pelo ministro Joaquim Barbosa para decidir se aceita o pedido da defesa
G1
09 de Dezembro de 2013 - 02:18
O laudo do trio de
oncologistas encarregado de examinar o ex-deputado do PTB Roberto Jefferson diz
que o autor da denúncia do mensalão não tem necessidade de permanecer em casa.
O documento será usado pelo ministro Joaquim Barbosa para decidir se aceita o pedido
da defesa para que Jefferson fique em prisão domiciliar, e não no regime
semiaberto, ao qual foi inicialmente condenado.
Datado de 4 de dezembro, o texto, ao qual os advogados de Jefferson tiveram
acesso, informa que não foi encontrada "qualquer evidência" do câncer
de que ele se tratou a partir da retirada de um tumor no pâncreas em 2012.
"Do ponto de vista
oncológico, esta junta não identifica como imprescindível, para o tratamento do
sr. Roberto Jefferson Monteiro Francisco, que o mesmo permaneça em sua
residência ou internado em unidade hospitalar", sustenta o laudo. Assinam
os médicos Carlos José Coelho de Andrade, Rafael Oliveira Albagli e Cristiano
Guedes Duque, todos do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
Jefferson sempre frisou que seu pedido de prisão domiciliar não é motivado pelo
câncer, hoje em remissão, e sim pelo desequilíbrio metabólico e pela restrição
alimentar resultantes do tratamento.
O laudo é um duro revés para a defesa do ex-deputado, que espera agora a
manifestação de Joaquim Barbosa, relator do processo e a quem cabe determinar
as prisões.
No caso do ex-deputado petista José Genoino, que também recebeu laudo contrário
à concessão de regime aberto, o relator do mensalão optou por deixá-lo
provisoriamente em casa, até tomar decisão definitiva.




