Política
PSB oficializa neste sábado Campos para presidente e Marina para vice
As duas siglas manifestaram divergência em relação a alianças estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
G1
28 de Junho de 2014 - 09:00
O PSB realiza na manhã deste sábado (28) convenção nacional para oficializar as candidaturas do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República e da ex-senadora Marina Silva à Vice-Presidência.
O evento anunciará a coligação "Unidos pelo Brasil", aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.De acordo com assessores da campanha ouvidos, Campos deverá reforçar, no discurso, que sua candidatura, em aliança com Marina Silva, é a única capaz de promover mudanças significativas no Brasil.
Em declarações nas últimas semanas, o ex-governador reforçou críticas ao que chama de velha política, baseada, segundo ele, na troca de vantagens. Campos tem endurecido nas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff, destacando que a dirigente deixará o país pior do que recebeu das mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marina Silva também irá discursar, na convenção nacional, defendendo que a aliança com Campos trará renovação ao país. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), reforçou que o mote dos discursos será a necessidade de mudança.
A sociedade brasileira quer mudar. É como no esporte, num jogo de futebol, está na hora de haver substituição. Todo o discurso nosso daqui para frente é sobre a necessidade de mudança, afirmou.
Freire disse que o PPS resolveu apoiar Campos e Marina Silva por acreditar que os dois farão um governo com foco em desenvolvimento econômico e aumento na capacidade de produção. Para ele, o Brasil atualmente enfrenta um período de mediocridade.
Não tem investimento em produção, não tem desenvolvimento econômico. Uma das coisas que nos levou a apoiar Eduardo Campos é a ideia que o Brasil precisa de uma agenda para o desenvolvimento. Desde muito tempo que não temos um projeto nacional de desenvolvimento, disse.
Para o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), a convenção confirmará o fim das divergências entre membros do PSB e da Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva que ainda não obteve registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) - Marina se filiou ao PSB provisoriamente, até que a Rede seja oficialmente criada.
As duas siglas manifestaram divergência em relação a alianças estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
Recentemente Marina criticou a decisão do PSB de apoiar a candidatura à reeleição da governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em nota, ela afirmou considerar equívoco a união do PSB com Alckmin.
Beto Albuquerque disse que "nunca houve nenhum tipo de estresse". Não há mais divergência nenhuma. Todas as alianças estaduais estão consumadas. Entre Marina e Eduardo não há e nunca houve nenhum tipo de estresse ( ) Houve alguns desencontros de alguns integrantes da Rede, não da Marina. O que pudemos fazer em conjunto ou não nos estados já esta feito, disse o parlamentar.
Alianças
Os presidentes dos partidos da coligação - PPL, PPS, PRP e PHS - discursarão na convenção nacional. Apesar da aliança programática para formação da chapa composta por Marina Silva e Eduardo Campos, a participação dos membros da Rede Sustentabilidade na convenção será apenas como observadores, já que o partido ainda não foi oficialmente criado.
De acordo com Pedro Ivo Batista, um dos idealizadores da Rede e membro da coordenação da campanha presidencial de Eduardo Campos, as decisões que serão seladas na convenção deste sábado foram discutidas entre o grupo de Marina, PPS e PSB.
Houve um debate político conjunto sobre programa, condições políticas, tudo em alto nível. Somos favoráveis ao PPS na aliança, e a convenção vai selar esta união, disse.
Vamos assistir à homologação da chapa Eduardo-Marina, mas não temos nenhuma função, porque somos partido independente e já fizemos nossa própria convenção, completou.




