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Política

PSDB quer o fim da polarização de candidaturas entre PMDB e PT em MS

Reinaldo já vinha dizendo que seria pré-candidato a cargo majoritário no pleito de 2014, ou para o Senado ou para o governo.

Willams Araújo

12 de Maio de 2014 - 14:30

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (12) à FM Capital, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) reafirmou o compromisso de disputar o governo estadual e defendeu o fim da polarização de candidaturas entre PMDB e PT em Mato Grosso do Sul.

Ele disse que pesou em sua decisão o clamor da população por uma terceira via, que fuja à polarização que ocorre há 16 anos no Estado entre os dois grupos políticos adversários.

Para reforçar a campanha à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB/MG), pré-candidato à Presidência da República, virá a Campo Grande este mês para participar de mega-encontro regional do partido.  

O deputado tucano, que deve enfrentar o senador Delcídio do Amaral (PT) e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), justificou que trata-se de “uma decisão madura e responsável”.

“Pensamos muito sobre isso, entendemos que é um momento importante na política no nosso Estado”, declarou o deputado, preterido pelo comando nacional do PT que o vetou como candidato ao Senado na chapa de Delcídio.

Reinaldo já vinha dizendo que seria pré-candidato a cargo majoritário no pleito de 2014, ou para o Senado ou para o governo.  Na entrevista, o pré-candidato comentou que para atender a um pedido de Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, decidiu concorrer ao governo.

 Mesmo antes da decisão e do anúncio, o PSDB já estava preocupado em ouvir as prioridades da população para, a partir de então, elaborar um plano de governo. O deputado recordou que há um ano o PSDB está com o projeto “Pensando Mato Grosso do Sul” em andamento.

“Estamos ouvindo as pessoas, eu não acredito na política sem você ouvir as pessoas, ouvir as suas prioridades, [...] aí em cima dessas prioridades pautar as propostas que serão o debate da campanha eleitoral”, disse ele.

Ainda sobre a decisão, Reinaldo falou em “vontade por mudança, a mudança responsável, uma mudança com credibilidade, com ficha limpa”.

ALIANÇA BRANCA

Questionado sobre a intenção que havia de aliança com o PT, o deputado esclareceu que sempre defendeu aliança formal, entretanto, não tendo sido possível devido à desaprovação de ambos os partidos em nível nacional, não deverá haver também “aliança branca”. “Essa história de chapa branca é enganar o povo”, colocou.

Reinaldo disse que Aécio Neves, além de incentivar a candidatura, tem ajudado na articulação das alianças. “O senador Aécio tem ajudado nisso, está conversando com as lideranças nacionais de alguns partidos”, disse.

Aécio deverá vir a Campo Grande para o último Encontro Regional do Pensando MS, em data a ser definida.

Sobre as alianças, Reinaldo citou o DEM e o PPS. Quanto ao primeiro, presidido pelo deputado federal Luiz Henrique Mandetta, o tucano disse que ele foi uma das pessoas que mais o incentivou, bem como Athayde Nery, que preside em âmbito estadual o PPS. Além disso, o tucano estima que a chapa encabeçada pelo PSDB deverá contar com cerca de oito aliados.