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Política

Reinaldo faz discurso de candidato à terceira via com críticas ao PT e ao Governo Estadual

Nas críticas ao PT poupou Delcidio, com quem até recentemente desfilava em eventos públicos, antecipando uma possível aliança na qual seria o candidato ao Senado.

Flávio Paes/Região News

19 de Junho de 2014 - 23:49

Presente ao lançamento do pacote de obras e projetos que o prefeito de Sidrolândia, Ari Basso, anunciou na quarta-feira à tarde, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), fez um pronunciamento  em que pontuou, de forma genérica, questões que serão tema recorrente da sua futura campanha, quando pretende se colocar como terceira via à polarização entre o PT (representado pelo senador Delcidio do Amaral) e o PMDB (com o ex-prefeito Nelson Trad).   

Nas críticas ao PT poupou Delcidio, com quem até recentemente desfilava em eventos públicos, antecipando uma possível aliança na qual seria o candidato ao Senado.  Preferiu disparar contra o Governo Federal. “Ao invés de investir o dinheiro do BNDES para construção de portos em  Cuba, a presidente Dilma, deveria garantir maior competitividade a Mato Grosso do Sul, investindo na construção de um porto em Porto Murtinho, reativando o ramal ferroviário Ponta Porã/Campo Grande, que passa por Maracaju e Sidrolândia”, alfinetou.

Criticou a situação de abandono dos assentamentos, a falta de apoio para os agricultores familiares, que poderiam garantir auto-suficiência do Estado na produção de hortigranjeiros. Hoje, segundo Reinaldo, mais de 80% de hortaliças que são consumidas no Estado, vem de fora.

Sobre o governo do Estado, administrado pelo PMDB, Reinaldo criticou a alta carga tributária (“que está sufocando o comércio”), sugerindo que vai defender o fim da cobrança antecipada do ICMS (o chamado ICMS garantido) e a redução da alíquota incidente sobre os combustíveis (17% sobre o diesel, quando em São Paulo é 12%).

O deputado Zé Teixeira, cotado como candidato a vice na chapa de Reinaldo, antecipou que “em breve estarei de volta a Sidrolândia” para apresentar à população “uma nova alternativa” para administrar o Estado. Aliado nos últimos oito anos do governador André Puccinelli (assim como foi do ex-governador Zeca do PT), Teixeira, pelo visto só agora parece inconformado com o estilo centralizador, para muitos, autoritário, do governador.  

“Precisamos de uma administração que ouça e respeite as pessoas”, e completou: “Foi se o tempo em que políticos trancafiavam-se em seus quartéis generais de maldades, espalhando o terror para dar o bote no momento oportuno. A estes políticos as portas estão fechadas”, conclui.