Política
Riedel deve se reunir com governador do Paraná em fevereiro para discutir nova ponte
Estudo de viabilidade da nova ponte que ligará MS ao Paraná está perto de ser concluído, mas detalhes como custo e acessos ainda estão em aberto.
Correio do Estado
19 de Janeiro de 2025 - 19:14

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, deve se reunir com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, até fevereiro para que seja feita uma avaliação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) - que está perto de ser concluído -, para a construção da nova ponte sobre o Rio Paraná, ligando Mato Grosso do Sul ao Paraná.
A informação é do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semadesc), Jaime Verruck.
Ao Correio do Estado, durante evento realizado na última quinta-feira (16) para a entrega de viaturas para a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Verruck revelou que o estudo está atrasado, já que era para ter sido entregue em novembro, e que sem ele muitas coisas ainda ficam em aberto, como quanto custará a ponte e quais serão os acessos a ela. Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semadesc). Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado.
"O estudo tem que ser entregue pra vermos o dimensionamento da ponte. Nós estamos falando de uma ponte de R$ 100 milhões, R$ 200 milhões, e depois tem os acessos, né? Então, agora eles vão entregar esse estudo junto com o Ratinho [governador do Paraná]", afirmou
O estudo, que teve início em 2023, foi viabilizado pela hidrelétrica Itaipu. Após a conclusão dele, serão realizados os estudos de impacto ambiental e os levantamentos técnicos para a elaboração dos projetos de engenharia. Depois que o material for apresentado para os governadores de ambos os estados, haverá uma devolutiva para a Itaipu.
"O Paraná ficou responsável de fazer o acesso à ponte do lado de lá, e nós o acesso do lado de cá. Esse estudo vai definir qual é o melhor acesso, se é por Itaporã ou se é por Nova Andradina. É ele [estudo] que vai definir", concluiu o secretário.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a construção da nova ponte, a estruturação das rodovias do lado paranaense e a implantação de uma rodovia do lado sul-mato-grossense estão avaliadas em um valor que se aproxima de R$ 1,4 bilhão.
Em junho do ano passado, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, garantiu que assim que o estudo for finalizado, e o traçado mais viável for definido, o Estado irá viabilizar a pavimentação do trecho da MS-473, para acesso a estrutura da ponte.
Quando finalizadas, as estruturas vão reduzir em até 130 km a distância até o Porto de Paranaguá.
Na reta final
Conforme noticiado anteriormente, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) sinalizou que o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) para a construção da nova ponte havia entrado na fase final, podendo ser concluído dentro de dois meses.
Em março de 2023, o comando da hidrelétrica Itaipu autorizou o repasse inicial de R$ 2,6 milhões para bancar o EVTEA, que representava mais de 80% do total conveniado para o estudo, que estava avaliado em R$ 3,2 milhões. À época, a estimativa era de que seriam necessários pelo menos R$ 350 milhões para a instalação da ponte.
Informações iniciais
Inicialmente, foi divulgado que a nova ponte terá quase dois quilômetros de extensão e largura de 13 metros - sendo 7,2 metros de pistas, 2,5 metros de acostamentos e 40 centímetros de barreiras New Jersey; e projetada com vigas pré-moldadas, e o vão central com a técnica de balanços sucessivos.
A ponte vai conectar o município sul-mato-grossense de Taquarussu ao distrito de Porto São José, em São Pedro do Paraná.
Conexões
Atualmente, Mato Grosso do Sul e Paraná têm conexão por meio de duas pontes sobre o Rio Paraná. A primeira está na BR-163, entre Mundo Novo e Guaíra, no extremo sul de MS. A outra ligação, entre Naviraí e o município paranaense de Icaraíma, é composta por uma série de cinco pontes sobre “braços” do rio. Esta terceira ponte ficaria mais ao norte, já próximo à ponte da Usina Sérgio Mota.
Atualmente, o escoamento agrícola até o porto de Paranaguá precisa ser contornado por São Paulo, na barragem de Porto Primavera, que conta com tráfego lento e restrição de peso para caminhões, já que o transporte passa sobre a barragem da usina Sérgio Mota.