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Política

Sou candidato a presidente da Câmara, nem que só tenha meu voto”, diz Marcos Roberto

Em sua avaliação, o SDD (partido com maior bancada no Legislativo), deve serrar fileiras em torno de seu nome.

Marcos Tomé/Região News

26 de Maio de 2014 - 00:35

O solidário Marcos Roberto, de 45 anos, é o primeiro parlamentar dos 13, a declarar em público que vai disputar a eleição para Presidente da Câmara Municipal de Sidrolândia, já conta com pelo menos três votos e avança para atrair a simpatia dos aliados Nelinho Paim (PR), Drª Rosangela Rodrigues (PMDB) e do petista Edivaldo dos Santos, quem segundo ele, já tem como certo o apoio.

Em sua avaliação, o SDD (partido com maior bancada no Legislativo), deve serrar fileiras em torno de seu nome. Com a dissidência de “Vadinho” da base aliada do governo, o grupo de oposição ganhou ainda maior musculatura para disputar os cargos da Mesa Diretora. Se mantiverem unidos até dia 15 de dezembro, data do pleito, o coeficiente mínimo (7 votos) para eleger o novo Presidente estará garantido.

Durante o 5º Seminário de Vereadores organizado pela União de Câmaras do Mato Grosso do Sul, na semana passada, em meio a opositores e parlamentares da base aliada do governo, Marcos Roberto foi enfático ao afirmar categoricamente que será candidato, nem que seja para ter somente o próprio voto. “Meu voto é meu, sei em quem vou votar. Será em mim e nenhum outro”, declarou.

Numa conversa preliminar e já em campanha, Roberto defendeu, caso seja eleito, trabalhar para que os vereadores tenham melhores condições de atuação; vai fazer gestão independente, além de fazer valer o papel de fiscal do povo, dando maior autonomia as Comissões Permanentes da Casa no desempenho de suas funções, sem entraves ou intromissão da presidência.

“De onde eu vim já é muito ter chego a Câmara. Almejo a presidência não por vaidade, mas, por acreditar que é possível fazer política pensando no bem das pessoas”, enfatiza. Para alguns vereadores que testemunharam as declarações de Marcos Roberto, o parlamentar se precipitou porque ainda é cedo para discutir a eleição da Mesa. “Extremamente prematura. A política é muito dinâmica, diante as afirmações fica complicado para o vereador até de arrebanhar os votos dos próprios colegas. A julgar pelo que relatou seu voto só será útil se votar em si mesmo”, afirma um governista.

Sem consenso

Outra declaração de Marcos Roberto a ser levada em conta, se deve ao fato de ser contra a ideia de seu correligionário de partido David Moura de Olindo, que propôs durante discussão da atualização do regimento interno da Câmara, a descentralização do gerenciamento do Poder Legislativo das mãos do presidente.

Ao tomar conhecimento da plataforma de distribuição de atribuições da Mesa Diretora, onde a 1ª e 2ª secretaria teriam poder de mando com orçamento fixado em forma de cota parte do duodécimo destinado ao custeio das despesas, Roberto disse ser contra. Em sua justificativa, afirmou desconhecer Câmaras do porte de Sidrolândia que utilizam esta metodologia.

“Preciso ser convencido. Não acho que seja uma boa ideia em se tratando da nossa realidade. Temos um orçamento apertado e não há tantas tarefas que a presidência não de conta de administrar”, finalizou. Apesar de seu poderio persuasivo, até agora, David Olindo vem enfrentando resistência dentro do próprio grupo na apreciação da proposta.