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Política

Tucanos ficam surpresos e não querem Marisa no Tribunal de Contas

Para sair da sombra do PMDB no Estado, a primeira cartada do PSDB é lançar candidato na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, nas eleições de 2012

Correio do Estado

07 de Abril de 2011 - 09:52

O PSDB foi surpreendido com a notícia da negociação política para indicação da senadora Marisa Serrano (PSDB) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os deputados estaduais esperam que tudo não passe de especulação, pois estão cientes que a saída de Marisa do cenário político poderá provocar grandes prejuízos ao partido em Mato Grosso do Sul. Portanto, não querem vê-la no TCE.

Para sair da sombra do PMDB no Estado, a primeira cartada do PSDB é lançar candidato na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, nas eleições de 2012. Os mais cotados para disputar a sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) são a própria senadora e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

Em 2014, a expectativa seria repetir o enfrentamento com os tradicionais aliados diante da tendência de Marisa buscar a reeleição ou concorrer ao Governo numa disputa com um peemedebista.

Com a senadora fora do cenário político, os tucanos reconhecem os prejuízos com o desfalque. "Com certeza vai diminuir a força do partido", disse a deputada Dione Hashioka (PSDB). "A Marisa é um nome forte para qualquer disputa por cargo político", observou o deputado Professor Rinaldo (PSDB). "Do ponto de vista político-partidária, vai ser uma perda", engrossou o deputado Márcio Monteiro (PSDB).

Apesar de já calcular prejuízos ao PSDB, os tucanos garantem que a indicação de Marisa ainda não é certa e nem mesmo passou pelo partido. "Não discutimos sobre isso", assegurou Rinaldo. "Hoje, o que está acontecendo é muita especulação", completou.

Monteiro, no entanto, admitiu que Marisa chegou a ser assediada para ocupar o cargo. "Houve assédio, mas a indicação está longe de ser confirmada", declarou.