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Política

Um dos candidatos que está disputando poderá estar na prisão daqui uns dias”, diz Paulinho da Força

Questionado sobre as eleições em Mato Grosso do Sul, o parlamentar disse que haverá um terceiro turno no Congresso Nacional, que é a delação premiada

Correio do Estado

14 de Outubro de 2014 - 13:25

O presidente nacional do partido Solidariedade, da Força Sindical e deputado federal pelo Estado de São Paulo, Paulinho da Força, esteve nesta terça-feira (14) em Campo Grande, onde reforçou apoio ao candidato ao Governo do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Questionado sobre as eleições em Mato Grosso do Sul, o parlamentar disse que haverá um terceiro turno no Congresso Nacional, que é a delação premiada. “Eu acho que muita gente será cassada nos próximos dias. Talvez o ano de 2015 seja um ano bastante interessante por isso. Acredito que no Congresso Nacional terá de 10 a 20 senadores cassados. Na Câmara Federal de 80 a 100 deputados cassados e no setor empresarial pelo menos 60 empresários presos nos próximos três ou quatro meses. Aqui, um dos candidatos que está disputando é um dos que poderão estar na prisão daqui uns dias”, ressaltou.

Apoio
Sobre o apoio que as forças sindicais declararam a Reinaldo, Paulinho justificou que o tucano é um companheiro de Congresso Nacional, é uma pessoa muito correta, que sempre votou com os trabalhadores, e por isso tem o apoio da Central da Força Sindical. “Com certeza Reinaldo será um grande governador de Mato Grosso do Sul”, afirmou.

O sindicalista disse ainda que entregou a Azambuja uma pauta com reivindicações. A principal delas é a de instituir a política regional do salário mínimo, que tem em vários estados, como São Paulo e Minas Gerais.

Economia Nacional
“A política econômica do Governo Dilma é um desastre, levou a quebra de várias empresas e setores produtivos, não só a Petrobras, que é a que mais aparece e foi destruída pela corrupção, mas outros setores importantes da economia foram quebrados, como por exemplo, o sucroalcooleiro, de energia elétrica, o automobilístico, que caiu 36% em um ano e o setor da construção civil, que caiu 21% em um ano”, criticou.

Paulinho da Força disse que a crise se deve a política econômica de juros altos e câmbio supervalorizado. “O Brasil hoje é um país que vive de importação. A cada quatro produtos que consumimos, um é importado e isso quebrou a indústria nacional”, explicou, dizendo que para solucionar a questão é preciso que haja uma política industrial e uma política econômica, que tenha crédito barato para que as pessoas possam investir.

Força Sindical e o PT
O parlamentar explicou que a Central da Força Sindical sempre manteve sua posição. “Quem mudou foi o governo do PT. O PT que lá no início defendia os interesses dos trabalhadores, praticamente abandonou os trabalhadores. Nenhuma das nossas reivindicações foi atendida pelo Governo Dilma, que não reduziu jornada de trabalho, não acabou com o fator previdenciário, não fez uma política salarial para os aposentados, não corrigiu a tabela do imposto de renda, enfim, são reivindicações que ela prometeu e não cumpriu”, criticou.

Ainda conforme o presidente do Solidariedade, a medida em que Dilma Rousseff não cumpriu com o prometido, ela perdeu apoio da base sindical, que sustentou sua eleição. “A Dilma teve apoio de todas as centrais sindicais na eleição passada, mas hoje tem apoio só de algumas, especialmente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que é base de sustentação do PT. Não tem apoio dos trabalhadores. Fomos um dos primeiros a apoiar a candidatura de Aécio Neves porque ele assumiu esses compromissos”, justificou.