Vereadores repudiam atuação advocatícia de David Olindo e bancada do SDD esvazia plenário

Uma das figuras emblemáticas da Câmara Municipal de Sidrolândia, o advogado David Moura de Olindo, sentiu na pele longe do plenário Adenildo Amaral Lacerda (de onde saiu minutos antes do término da sessão), sua pose de bom moço se desfarelar durante reunião ordinária. Um grupo de parlamentares, após notícia apurada pelo Região News da condenação do ‘advogado vereador’  por apropriação indébita de indenização ganha do INSS por um cliente de seu escritório, detalharam o assunto na tribuna.

O fato trazido à tona pela reportagem na manhã desta segunda-feira (26) foi interpretado por alguns vereadores da base do governo com certa preocupação porque evidencia a falta de comprometimento ético e político do parlamentar, expondo o que chamaram de má conduta profissional por ter burlado a boa fé, como exerce mandato eletivo, maculou os conceitos de moralidade do Legislativo.

“Se não somos capazes de desempenhar nosso papel sob a guarda da ética profissional, como poderemos ser bons parlamentar na defesa dos interesses do povo”, diz o vereador Waldemar Acosta que já foi alvo dos discursos eloquentes de David Olindo com insinuações de que havia se vendido ao comando administrativo da Prefeitura.

A tucana Vilma Felini também não deixou passar ‘despercebido’ o fato da condenação de David Olindo pelo juiz titular da 11ª Vara Cível de Campo Grande, José Eduardo Neder Meneghelli, que sentenciou o parlamentar a desembolsar R$ 37.639,00 a Uzias de França Nogueira, para quem advogou em 2010 em uma ação previdenciária contra o INSS e R$ 7,5 mil referentes aos honorários do advogado dele, Fábio da Silva Nakaya.

Em defesa da honra de sua família – alvo das investidas do solidário -, Vilma discorreu a cerca das ofensas e humilhações sofridas por familiares, agentes políticos de seu partido, pelo prefeito e seu secretariado de ataques que partiram do advogado condenado. Em sua avaliação a mascara caiu, “é lamentável quando se prega honestidade e moralidade quando se tem telhado de vidro”, destaca a vereadora.

Em meio ao seu discurso de resgate a história politica-administrativa de sua família, quem segundo ela, colocou Sidrolândia nos trilhos do desenvolvimento em 1997, deixou claro que “é vergonhoso saber que uma autoridade parlamentar use de sua profissão para enganar pessoas humildes e menos esclarecidas” dispara, requerendo a Mesa Diretora providências a cerca do fato porque envolve conceitos éticos de conduta do vereador.

Bancada da SDD

Apesar do assunto ter sido tratado após deliberação da pauta ordinária da Câmara com votação de projetos, requerimentos e indicações. No expediente de considerações finais, o que seu viu foi uma debandada da bancada do SDD minutos antes das discussões da polêmica envolvendo o líder dos solidários.

O vereador Marcos Roberto, líder de bancada, foi quem permaneceu por alguns minutos em plenário, mas logo se retirou, deixando a formação plenária com aspecto desuniforme provocado pelas poltronas vazias deixadas pelos parlamentares. Nos bastidores, após o encerramento da sessão ouviu-se comentário dos mais diversos, inclusive de que o grupo do SDD tem o hábito de evacuar a área quando o cerco aperta.