Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 18 de Abril de 2024

Saúde

Com 19 dias de campanha pela frente, menos de 40% já tomaram vacina contra gripe

Sem computar os números da semana passada, já foram aplicadas 4.847 doses, o que corresponde a 37,8% da meta.

Flávio Paes/Região News

12 de Maio de 2019 - 21:17

Com 19 dias de campanha pela frente, menos de 40% já tomaram vacina contra gripe

A campanha nacional de vacinação que vai se estender até o dia 31, mesmo após o dia “D” realizada no último dia 4, ainda não atingiu metade do público alvo. Sem computar os números da semana passada, já foram aplicadas 4.847 doses, o que corresponde a 37,8% da meta, que é imunizar 12.763 pessoas.

A melhor cobertura é entre a população com mais de 60 anos. De uma população total de 3.707 idosos, 1.863 se imunizaram. Já foram vacinadas 1.709 crianças (das 3.918 esperadas); 270 trabalhadores na saúde; 243 gestantes; 70 puérperas; 765 portadores de comorbidades; 9 presos; três policiais; 115 professores e um funcionário do sistema prisional.

A vacina produzida para a campanha de 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

Dúvidas

Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade.

Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.

Qual a diferença da gripe comum para a "gripe A"?

O que popularmente ficou conhecida como "gripe A" é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2.

A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.

Qual o critério para a escolha dos grupos?

Os grupos prioritários são escolhidos levando em conta as pessoas com mais chances de desenvolver complicações a partir da gripe. Os critérios são construídos a partir da investigação do perfil dos casos graves e dos casos de óbito por gripe.

Qual exame deve ser feito para a comprovação da infecção por algum desses tipos da Influenza?

O exame preconizado para detecção do vírus é o Swab Combinado Naso/Orofaringe, uma coleta simples em que o produto coletado é a secreção nasal e oral do paciente. Esta é feita com swab (um cotonete um pouco maior do que utilizado em casa).