Após 35 anos, restaurante Pé de Cedro fecha pra reforma com feijoada de despedida

Um dos mais tradicionais pontos de encontros da cidade, principalmente aos sábados, com a feijoada animada por música ao vivo, vai fechar pra reforma após 35 anos de funcionamento ininterrupto. O Restaurante Pé de Cedro, desde a semana passada não está mais servindo refeições, mas no sábado, está programada a feijoada de despedida.

As obras abrangerão também a conveniência e o próprio posto de combustível localizado num ponto estratégico, confluência dos trechos urbanos de duas rodovias, a Avenida Dorvalino dos Santos (BR-060) e a Rua Ponta Porã (MS-162).

A proprietária, dona Maria Gilca Villalba, acredita que em no máximo em 9 meses as obras estejam concluídas e o restaurante seja reaberto. Ela garante que o espaço físico vai ser maior, mais confortável, mas o essencial não vai mudar que é a receita do sucesso do restaurante aberto no longínquo ano de 1985, numa Sidrolândia de pouco mais de 10 mil habitantes, praticamente sem ruas asfaltadas. O carro-chefe continuará sendo a comida caseira, um tempero que ao longo de três décadas e meia, fidelizou tantos clientes de mais de uma geração.

Dona Gilca diz que o restaurante, anexo ao posto de combustível, surgiu inicialmente para atender os motoristas que chegavam com os caminhões carregados de soja para secar ou armazenar o grão nos silos existentes na cidade. Na época poucas fazendas tinham esta estrutura de armazenagem. "Eles pernoitavam na cabine dos caminhões que ficavam estacionados no pátio do posto, faziam as refeições no restaurante, enquanto aguardavam a hora de descarregar a carga”.

Em relação ao nome, a ideia, segundo dona Gilca, veio de um irmão dela, aluno do professor Nagib Rasslam, que visitou o Líbano e trouxe pra ele como lembrança, um quadro em que estava esculpido um pé de Cedro, árvore símbolo da República libanesa.

Quem testemunhou estes 35 anos do Pé, agora sob gestão dos filhos de dona Gilca, Henrique e Maria Alice, foi Viveu Alves, que faz as vezes de gerente, que começou trabalhar aos 11 anos, passando pela limpeza, lava jato, foi frentista. "Pra mim isto aqui não só meu emprego, mas a extensão de minha casa", garante. Aos 46 anos, não se imagina trabalhando em outro lugar.