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Sidrolândia

Com 35 mil contas, dois bancos da cidade só têm 10 funcionários para atender clientes

Este cenário de precarização do atendimento foi exposto ontem na Câmara Municipal, onde foi realizada um debate com a participação dos gerentes dos dois maiores bancos e do superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão.

Marcos Tomé/Região News

23 de Setembro de 2020 - 13:22

Com 35 mil contas, dois bancos da cidade só têm 10 funcionários para atender clientes
Fila de espera para receber atendimento em uma das agências bancárias de Sidrolândia MS. Foto: Arquivo/Região News

A estrutura de atendimento das instituições bancárias em Sidrolândia é a mesma que havia há 20 anos, quando a cidade tinha menos da metade da população atual. Atualmente o Banco do Brasil e o Bradesco, agências que juntas somam 35 mil contas, tem apenas 10 funcionários para o atendimento presencial dos clientes, muitos deles, idosos, indígenas, agricultores familiares, que não tem familiaridade com as ferramentas digitais para fazer as transações online.

Este cenário de precarização do atendimento foi exposto ontem na Câmara Municipal, onde foi realizada um debate com a participação dos gerentes dos dois maiores bancos e do superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão. A iniciativa foi proposta pelo vereador Kennedi Forgiarini que encampou a discussão para revisar a lei municipal e das dificuldades que a clientela vem encontrando para ser atendida na rede bancária.

A situação mais crítica é do Banco do Brasil, que tem uma carteira de 22 mil clientes, abrangendo, desde beneficiários dos programas sociais, indígenas, aposentados, agricultores familiares, até empresários e grandes produtores. Dos 13 funcionários da agência, só 5 estão trabalhando de forma presencial. Os demais, por serem grupo de risco para o Covid-19, trabalham home office ou estão de licença médica.

Outra precariedade, sentida pelos clientes e que foi evidenciada nesta reunião, é a falta de acessibilidade na agência do Banco do Brasil, que tem praticamente a mesma estrutura de 20 anos. Na discussão ficou evidenciado que a agência ainda não está adaptada as regras da acessibilidade, não dispõe de um elevador para garantir o acesso dos clientes cadeirantes ou idosos no piso superior, local onde as transações de caixas funcionam.

O prédio foi reformado, mas o elevador não foi instalado porque a aquisição está em processo de licitação. Nas condições atuais, quando o cliente não pode subir as escadas, um funcionário desce até o térreo para atendê-lo o que retarda ainda mais o atendimento. Assista a matéria em vídeo.