Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 3 de Maio de 2024

Sidrolândia

Com acesso gratuito, Rio Negro e Solimões hoje deve atrair 10 mil na Expo Sidrolândia

Haverá transporte coletivo de graça para facilitar o acesso ao Parque de Exposição Waldomiro Comparin.

Redação/Região News

06 de Setembro de 2023 - 09:26

Com acesso gratuito, Rio Negro e Solimões hoje deve atrair 10 mil na Expo Sidrolândia
Rio Negro e Solimões. Foto: Divulgação

Um público de pelo menos 10 mil pessoas deve prestigiar nesta quarta-feira, véspera do feriado, o segundo dia de realização da 24ª Expo Sidrolândia que terá como atração o show da dupla Rio Negro e Solimões, dupla sertaneja de renome nacional.

O show começa à 22 horas com entrada gratuita. Haverá transporte coletivo de graça para facilitar o acesso ao Parque de Exposição Waldomiro João Comparim. Haverá ônibus à 18, 19 horas e 21h30, um partindo da Avenida Mato Grosso e outro, saindo do Bairro São Bento. Para o retorno, haverá ônibus partindo do Parque à 1 e 2 horas da madrugada.

Nascidos na mesma cidade do interior mineiro, as famílias de Negro e Solimões, se mudaram para São Paulo, atraídas pela prosperidade da indústria de calçados e pela construção civil da cidade de Franca. Os dois se conheceram quando trabalhavam numa fábrica de calçados, em 1978, e começaram a cantar para os colegas e a se apresentar em festas nas casas de amigos e de parentes.

Em 1982, resolveram tentar a carreira profissional, começando a participar de festivais sertanejos. Em sete anos, a dupla participou de cerca de 53 festivais em todo o país e tirou o primeiro lugar em 49 deles. Mesmo participando de muitos festivais, continuaram a trabalhar na fábrica de sapatos e recebiam abono para as constantes faltas, apresentando-se em festas promovidas pelos patrões.

O nome artístico da dupla foi dado pelo ex-carteiro e compositor Domiciano, retomando uma tradição praticamente interrompida desde que Chitãozinho & Xororó adotaram esses nomes, que é de cantores sertanejos adotarem nomes que fazem referência à natureza, e eles fizeram referindo-se a dois grandes rios afluentes do Amazonas, o rio Negro e o rio Solimões, antes utilizavam o nome artístico de Zé Divino & Luizinho.

Em 1986, resolveram abandonar a fábrica de sapatos e viver apenas da música. Com a abertura do mercado sertanejo em fins dos anos 1980, começaram a se apresentar na noite, cantando um repertório que incluía as principais canções sertanejas, principalmente de duplas como Tião Carreiro & Pardinho e Tonico & Tinoco.

Ainda em 1986, gravaram um tape independente e passaram a levá-lo de gravadora em gravadora até 1989, quando assinaram contrato com a RGE e gravaram o primeiro disco, que, entretanto, não obteve muita repercussão, saindo logo de catálogo.

Em 1991, gravaram pela Continental o segundo disco, que também não obteve sucesso. Continuaram a persistir e, em 1994, lançaram pelo selo Brasil Rural o terceiro disco, ficando a venda e distribuição por conta da própria dupla, que conseguiu vender cerca de 20 mil cópias, despertando o interesse da gravadora Velas, que regravou o disco e vendeu cerca de mais 15 mil cópias. Ainda no mesmo ano a dupla foi integrada a dupla José Batista & Luís para interpretar os cantores falecidos José Batista Amado e Luís de Camargo.

Em 1996, lançaram o quarto disco, ainda pela Velas. Em 1997, ainda pela gravadora Velas, lançaram seu quinto disco, com destaque para a composição "Peão Apaixonado", gravada na mesma época pela cantora Jayne e mais tarde regravada por Daniel. Este disco vendeu cerca de 80 mil cópias e começou a solidificar a carreira da dupla.

Em 1998, lançaram o sexto disco, agora pela gravadora PolyGram, obtendo uma vendagem de cerca de 500 mil cópias. Destacam-se neste disco as composições "Falta Você", de Rionegro, "A Gente Se Entrega", de Pinochio, "Tô Doidão", de Rionegro e Solimões, "Saudade Pulou no Peito", de Rionegro e Domiciano, "De São Paulo a Belém", de Pinocchio e Nilma, que logo se tornou um hit, além da regravação do clássico "Cuitelinho", de domínio público, adaptado por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. Com a consolidação da carreira, aumentou o número de shows, assim como o público presente em suas apresentações. 

Fizeram shows em Brasília para mais de 80 mil pessoas, Divinópolis, em Minas Gerais, para mais de 70 mil, e em Americana, São Paulo, para cerca de 50 mil pessoas, batendo o recorde de público do show Amigos, tradicionalmente o recordista de público na região. depois fizeram contrato com a Universal que a partir daí fez a dupla acelerar os sucessos.

As violas caipiras que os ídolos carregavam foram substituídas ao longo dos anos pelos violinos típicos do country norte-americano, enquanto os arranjos deixaram as toadas intimistas do seresteiros para se aproximar do pop, com uma variedade grande de estilos desfilando pelas músicas de cada álbum.