Sidrolândia
Correntistas reclamam da demora por atendimento no Banco do Brasil
Grupo de pessoas revoltado com o aparente descaso demonstrado pelos funcionários, manifestaram indignação.
Flávio Paes/Região News
07 de Julho de 2020 - 14:15
Diferentes de outras instituições bancárias, que montaram um esquema especial e humanizado para o atendimento da clientela nestes tempos de pandemia, a agência de Sidrolândia do Banco do Brasil tem submetido seus clientes a uma verdadeira “via cruz” de espera sem que a eles, sequer, seja dada uma explicação. Nesta segunda-feira um grupo de pessoas, revoltado com o aparente descaso demonstrado pelos funcionários, mantiveram contato com o Região News para manifestar indignação.
Após 4 horas de espera em frente da agência, tiveram de voltar pra casa e além disso, passaram pelo constrangimento de serem tratados de forma ríspida por um funcionário que se apresentou como gerente e se limitou a informar: o horário de atendimento é de 10 as 14 horas e teriam voltar no dia seguinte. Foi o caso de dona Vera Antônia de Souza, 56 anos, diabética, que após 4 horas de espera estava indignada com o tratamento. “Fui falar com o gerente, ele simplesmente bateu a porta na minha cara. É um descaso total, será porque sou pobre?”, questiona indignada. Ela foi ao banco para trocar um cheque e usaria o dinheiro para comprar remédio.
Dona Vera Antônia de Souza, 56 anos e dona Carmelita Candoia, 57 anos, ambas foram trocar cheque.
A mesma situação passou dona Carmelita Candoia, 57 anos, que também foi ao banco para trocar um cheque. Ela critica o fato de que quando se aproximou o horário de fechamento da agência (às 14 horas) havia só havia ela e outras três pessoas de fora, mesmo assim tiveram que voltar pra casa sem atendimento. “Eles poderiam dar senha, sem contar a falta de educação do gerente. Estou aqui desde as 9 horas, estou sem almoço, tenho problema de pressão alta”, relata.
Já João Paulo da Costa, 32 anos, não conseguiu sacar os R$ 4 mil (nos caixas automáticos só é possível sacar R$ 2 mil) para pagar funcionários que trabalham com ele. “Infelizmente o pessoal vai ficar sem receber. É uma vergonha este atendimento do Banco do Brasil em Sidrolândia”, avalia.
Conforme a reportagem apurou, para evitar aglomerações, o acesso a agência do Banco do Brasil é limitado a 9 pessoas por vez, sendo 5 para atendimento geral e 4 que precisam de algum serviço no caixa. Na medida que as pessoas são atendidas, quem estiver fora entra, desde que preciso do atendimento no setor da que saiu. Quem estiver na fila às 14 horas, terá de voltar no dia seguinte.
Em outros dois bancos consultados pela reportagem, Bradesco e Caixa Econômica, quem estiver na fila até 14 horas será atendido, embora o expediente externo oficialmente termine às 2 horas da tarde. No Bradesco, por exemplo, nos últimos 5 dias úteis do mês e nos primeiros 5 dias úteis do mês seguinte, a agência abre mais cedo (as 8 horas) e por 2 horas atende exclusivamente aposentados e pensionistas.
Como está funcionando em regime de revezamento do pessoal (cada funcionário trabalha um dia sim e um dia não), só é permitida a entrada de sete pessoas nos caixas de autoatendimento (há funcionários para orientar quem tiver dificuldades para fazer operações). Para atendimento presencial, é liberada a entrada de três pessoas por vez, uma para o caixa e duas que forem tratar de outras questões. Segundo o gerente Marco Delai, perto das 14 horas, é feita a distribuição de senha e todos que estiverem na fila serão atendidos no mesmo dia. Aqueles com problemas de saúde, que não podem ficar muito tempo em pé, cadeirantes, tem prioridade.
Na filial da Caixa Econômica Federal, segundo a gerente Cintia Pires, também foi montada uma estrutura humanizada de atendimento. Há 15 cadeiras disponíveis (mantendo o distanciamento) para os clientes esperarem sentados o atendimento. Ninguém volta para casa sem atendimento. Mesmo quem estiver fora da agência por pouco antes das 14 horas, recebe senha.