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Sidrolândia

Justiça parada prolonga sofrimento de quem há 2 anos espera por benefícios do INSS

São pessoas como dona S.G, de 72 anos, que há 15 anos mora sozinha no Assentamento João Batista e o senhor D.J.S, 53 anos.

Flávio Paes/Região News

22 de Maio de 2020 - 16:29

A suspensão por mais 2 meses das audiências presenciais no Fórum de Sidrolândia, por causa da pandemia do Covid-19, prolonga o sofrimento de pessoas que além do novo coronavírus travam outra batalha diária, o da sobrevivência. As audiências estão suspensas desde março e as marcadas para junho e julho foram canceladas.

São pessoas como dona S.G, de 72 anos, que há 15 anos mora sozinha no Assentamento João Batista e o senhor D.J.S, 53 anos. Incapacitados para o trabalho por problemas de saúde, não conseguiram pela via administrativa os benefícios solicitados no INSS.

Tiveram que recorrer à Justiça, ela em 2018. Sua audiência marcada para o dia 14 de maio, foi adiada para 10 de setembro, mas ninguém tem certeza de que de fato acontecerá, porque está na dependência do imponderável, quando a disseminação do Covid-19 vai estar controlada.

Mesmo com a idade avançada, dona S.G sempre deu conta da lida diária no campo. Até que, há 3 anos, foi arrastada por uma novilha quando foi amansar o animal. O acidente trouxe como sequela um problema na coluna que a impede de qualquer esforço físico. Com isto, praticamente sua fonte de renda, a criação e venda de frango caipira, porco e bezerros.

História semelhante é do assentado D.J.S que mora no lote com a mulher e a filha, desde que foi diagnosticado com uma doença na coluna.