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Sidrolândia

Mulher presa e amarrada por moradores, furta desde os 14 anos e já está em liberdade

Flávio Paes/Região News

15 de Janeiro de 2021 - 15:13

Mulher presa e amarrada por moradores, furta desde os 14 anos e já está em liberdade
Juliana, a "Neguinha", nesta quinta-feira foi presa e amarrada a uma árvore por moradores. Foto: Divulgação

Juliana, a "Neguinha" como é conhecida, que nesta quinta-feira foi presa e amarrada a uma árvore por moradores do Condomínio Vacaria quando ela tentava furtar uma casa, sequer foi presa porque com ela não foi encontrado nada. Toda a ação dos moradores foi filmada. Segundo testemunhas, a jovem havia tentado invadir a residência de uma idosa para furtar.

Há 11 anos, desde quando tinha 14 anos (hoje tem 25 anos) pratica furtos para sustentar o vício em pasta-base de cocaína. De lá para cá, ela acumulou ao menos 15 passagens pela polícia por crimes dessa natureza. Mãe de três filhos, a jovem vive nas ruas de Sidrolândia, apesar de ter família na cidade, cometendo pequenos furtos.

Em um dos processos no qual Juliana responde por furto, uma vítima de 51 anos contou que no dia 26 de junho de 2019, por volta de 1h, escutou o cachorro latindo e ao acordar para saber o que havia acontecido avistou Juliana saindo pelo portão. Ela, segundo o morador, havia furtado mais de R$ 300 em dinheiro e objetos da residência como aparelho de rádio e celulares.

A testemunha, disse, conhece a autora há anos e sempre a ajudava com alimentação e higiene quando precisava. Ao ser ouvida nesse processo, Neguinha afirmou que no dia dos fatos dormia na residência, com o aval do morador, mas no meio da madrugada sentiu vontade de fumar pasta base e, por isso, levantou e saiu levando apenas o cigarro e isqueiro que pertencia à vítima. Confirmou ainda que já havia furtado por diversas vezes a casa do morador e que tal situação era de conhecimento da própria vítima.

A secretária de Assistência Social de Sidrolândia, Aletânia Ramires Gomes, disse que a vítima e os filhos dela, que vivem com a avó, são acompanhados pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social). “Para a jovem já foram ofertados nossos serviços, mas infelizmente ela não aderiu ao tratamento oferecido pela assistência Social. A maior vulnerabilidade dela é a dependência química que a afasta da família e do convívio social”, explicou.