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Sidrolândia

Prefeitura deve concluir nesta segunda-feira asfalto do Sidrolar e entrega obra no Sol Nascente

Flávio Paes/Região News

22 de Novembro de 2020 - 20:28

Prefeitura deve concluir nesta segunda-feira asfalto do Sidrolar e entrega obra no Sol Nascente
Vista aérea do bairro Sidrolar em Sidrolândia. Foto: Marcos Tomé/RN

No mesmo dia em que está programada a inauguração da pavimentação no Bairro Sol Nascente, que se arrastava há mais de 10 anos, a Prefeitura de Sidrolândia planeja para esta segunda-feira, a conclusão do asfalto no Sidrolar 1, onde só falta aplicar a capa (a imprimação já foi feita) num trecho da Rua Humberto Campos, entre as ruas Tomas da Silva França e Lorival Lopes de Moraes. Equipes da Secretaria de Infraestrutura fizeram a terraplanagem, uma empreiteira ficou responsável pelo pavimento, enquanto o meio-fio também será de responsabilidade da Secretaria.

As obras no Sidrolar começaram em agosto e só com capa asfáltica o investimento é de R$ 306 mil, somando 12.934.22 metros quadrados. Está sendo usado o chamado asfalto a frio, com tratamento superficial duplo, emulsão asfáltica RR-2C com capa selante. O projeto abrange as ruas Osvaldo Borges de Moraes, entre a Norival Lopes Moraes e a Projetada 5; Yuji Miki, da Norival Lopes Moraes até a Projetada 5; Hélio Pereira Nantes, entre a Norival Lopes Moraes e a Projetada 5; Dirce Medeiros Pereira, da Norival Lopes Moraes até Projetada 5 e Pedro Juvenil Felini, da Norival Lopes Moraes até a Projetada 5.

Sol Nascente

A pavimentação no Bairro Sol Nascente, que será inaugurada nesta segunda-feira, está pronta desde dezembro do ano passado. A empreiteira atrasou a construção do meio-fio, abertura de bocas de lobo e o projeto deve ser ajustado para acabar com o problema de alagamento na confluência das ruas São Paulo, Santa Catarina e Rosendo Guardiano. Em agosto a empreiteira construiu uma canaleta no local.

Prefeitura deve concluir nesta segunda-feira asfalto do Sidrolar e entrega obra no Sol Nascente
Empreiteira construiu uma canaleta canaleta no cruzamento das ruas São Paulo, Santa Catarina e Rosendo Guardiano. Foto: Leoni Marcos/RN

O projeto e pavimentação do Jardim Sol Nascente se arrasta há 10 anos, depois de ser viabilizado em 2010 com um convênio firmado com o Ministério das Cidades no valor de R$ 986.600,00 e uma contrapartida de recursos municipais de R$ 594.704,41, totalizando R$ 1.582.304,41. O convênio foi encerrado no dia 30 de maio do ano passado, quando o Ministério já tinha liberado R$ 635.026,60. Ao executar com recursos próprios alguns serviços como a construção de meio-fio, a Prefeitura se livrou da obrigação de devolver (com correção) o dinheiro que já havia recebido, mas perdeu o saldo do convênio, R$ 352.571,20.

Em 2016 o asfalto no Sol Nascente foi uma das 44 obras inacabadas em Mato Grosso do Sul que o Governo Federal elegeu como prioridade concluir. Foi feita uma reprogramação em 2017 para liberação do saldo de recursos, mas o projeto não foi retomado porque na época a Prefeitura não tinha como arcar com a contrapartida, em torno de R$ 670 mil.

A obra no Sol Nascente foi iniciada em 2010 e quando o ex-prefeito Daltro Fiúza encerrou sua gestão em dezembro de 2012, só 12,12% tinham sido executados, ao custo de R$ 166.850,71, tendo sido pagos só 3,42% (R$ 47.082,93). No início da gestão do ex-prefeito Ari Basso, em 2013, a obra foi interrompida em função de um inquérito promovido pelo Ministério Público para apurar denúncias de irregularidades na licitação. Teria havido direcionamento do processo, que acabou não sendo comprovada ao término das investigações.

Enquanto perdurou o inquérito, por orientação da Promotoria, a Prefeitura ficou proibida de pagar à Policon Engenharia, mesmo as medições dos serviços já executados. A contrapartida inicial, R$ 394.100,69, foi aplicada na construção de uma galeria celular de 358 metros com dissipador de energia que margeia o Parque Ecológico. Esta galeria leva a enxurrada que desce da Avenida Antero Lemes, passa sob a rodovia, até a nascente do Rio Vacaria.

A obra foi retomada em junho do ano passado, mas o cronograma foi atrasado pela empreiteira. Trechos do asfalto das ruas São Paulo e Luiz Bretan tiveram de ser refeitos porque afundaram. Não resistiram ao peso de um caminhão guincho que transportava na carroceira outro veículo. Para burlar a interdição, entravam pela Rua Santa Catarina atravessando um terreno baldio.

Na Rua Paulo Osmar, outro ponto em que o pavimento ficou deteriorado, o motorista de um caminhão também ignorou que a obra estava em andamento e manobrou na pista. Até um entregador dos Correios passou de motocicleta pelo bairro, com o serviço em andamento.

A Sanesul também deu sua “contribuição”: sem avisar a Prefeitura ou a empreiteira, simplesmente abriu uma valeta na Rua Paulo Osmar.