Produção de Sidrolândia se aproxima de 1 milhão de toneladas de soja e aumenta 79% em 4 anos

O resultado final da safra 2020/2021 de soja de Sidrolândia, divulgado nesta terça-feira (27), apresenta números robustos sobre o vigor da produção do grão no município que se aproxima da marca emblemática de 1 milhão de toneladas que em Mato Grosso do Sul só dois municípios, Maracaju (1.269.555,19) e Ponta Porã (1.114.317,42) alcançaram.

Os produtores sidrolandenses colheram 983.911,32 toneladas, um incremento de 26,45% sobre a safra 2019/2020, quando obtiveram 778.096,32 toneladas. Resultado da combinação de aumento da área plantada (3.880 hectares, apenas o 14º incremento, menor que o de Campo Grande, onde as lavouras da área incorporaram mais 4.180 hectares), mas sobretudo do aumento da produtividade.

Com mais investimento em tecnologia e a ajuda do tempo, a produtividade aumentou 24,44% (de 53,95 para 67,14 sacas por hectare). Desempenho melhor que as lavouras de Maracaju (66 sacas) e Ponta Porã (65,74).

Numa perspectiva histórica dos últimos 4 anos, a produção de Sidrolândia aumentou 79,37% (de 548 mil toneladas em 2015/2016 para as mais de 938 mil toneladas). A área plantada cresceu 32%, de 184 para 244 mil hectares. Ou seja, aumentou a eficiência das lavouras, já que a produção ampliou 145% a mais que o crescimento da área.

Além de áreas de pastagem, pelo menos 40 destes 60 mil hectares adicionais de lavoura de soja é a incorporação (via arrendamento ou parcerias) de lotes da reforma agrária destinados à agricultura familiar à produção em escala empresarial, o agronegócio. O verde da soja praticamente se espalhou por assentamentos como Eldorado, Geraldo Garcia, Jibóia, Vacaria, Capão Bonito e Santa Terezinha. Com o preço da soja na casa dos R$ 150,00, a saca de 60 quilos, o assentado que arrenda 10 hectares, garante uma renda de R$ 15 mil numa safra, que somado ao dinheiro da aposentadoria, lhe proporciona um bom nível de renda.

Além de incorporar ao agronegócio parte das propriedades que foram desapropriadas para a reforma agrária, produtores sidrolandenses estão arrendando áreas em fazendas (antes dedicadas apenas a pecuária) em Campo Grande, principalmente na região do distrito de Anhandui, divisa entre os municípios, que hoje tem mais de 15 mil hectares plantados. Só numa propriedade, a Fazenda Barra Bonita, estão arrendados por produtores sidrolandenses 2 mil hectares. A capital teve um incremento de 4,1 mil hectares, tem 92 mil hectares plantados e produção de 345 mil toneladas.