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Sidrolândia

Reunião de comitê discute novas medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 em Sidrolândia

Com mais de 140 casos confirmados e 4 óbitos, a Saúde teme um colapso no sistema de atendimento de saúde pública.

Marcos Tomé/Região News

15 de Julho de 2020 - 15:33

Neste momento, o prefeito de Sidrolândia, Marcelo de Araújo Ascoli (PSD) está reunido com membros do Comitê de Combate ao novo coronavírus, comando da Polícia Militar, representante do Ministério Público, Bombeiros e do Conselho Municipal de Saúde, para discutir medidas de enfrentamento a Covid-19.

Com mais de 140 casos confirmados e 4 óbitos, a Saúde teme um colapso no sistema de atendimento de saúde pública, já que além do aumento no número de casos, mais de 1500% em 30 dias, há muitos profissionais da área da saúde que estão afastados de suas atividades porque contraíram a doença.

O vereador Otacir Figueiredo, popular Gringo, durante a reunião confessou que está apavorado porque há vários casos registrados nas comunidades indígenas do entorno e teme uma explosão no número de casos em decorrência da dificuldade de as famílias seguirem as recomendações de isolamento social.

Reunião de comitê discute novas medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 em Sidrolândia

"É praticamente impossível manter o distanciamento social em nossa comunidade. As pessoas moram em casas praticamente conjugadas, sem muro, sem as condições que vocês têm aqui na cidade. As crianças circulam e vejo com muita preocupação o avanço da doença numa localidade onde há um número muito grande de pessoas no grupo de risco", alerta.

Na avaliação do vereador, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e Assistência Social, precisa isolar as pessoas diagnosticadas com a Covid-19 num local fora da Aldeia. Gringo sugeriu transformar o CTG (Centro de Tradições Gaúchas), num hotel de campanha para abrigar os infectados. Na avaliação da enfermeira Tatiane Nantes, a sugestão do vereador é impraticável porque o protocolo recomenda, além do isolamento do infectado, que a família também deve ser isolada.

"O isolamento é domiciliar. Não há como a Saúde assumir está responsabilidade em decorrência da complexidade do problema", comenta. Jesiel Ratier, secretário de Saúde diz que vai contratar um técnico de enfermagem para intensificar o acompanhamento das medidas de isolamento nas comunidades indígenas.