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Sidrolândia

Sindicato cobra da JBS testagem de 122 afastados com sintomas que podem ser do Covid-19

Sindaves, cobra a testagem dos 122 funcionários do frigorífico que estão de quarentena em casa por estarem com sintomas.

Flávio Paes/Região News

26 de Julho de 2020 - 19:35

Em documentos encaminhados à Secretaria Municipal de Saúde e ao Ministério Público do Trabalho, o Sindaves, sindicato que representa os trabalhadores da JBS, cobra a testagem dos 122 funcionários do frigorífico que estão de quarentena em casa por estarem com febre e dor no corpo que podem ser sintomas do novo coronavírus.

"Os testes dariam mais tranquilidade aos trabalhadores e seus familiares", avalia o presidente do sindicato, Joel Santos da Cruz. A Secretaria já respondeu que não fará a testagem dos funcionários. Foram testados 30 funcionários.

Conforme relatório encaminhado pela JBS ao Ministério Público do Trabalho, só 22 funcionários de um total de 2.454 testaram positivo para o Covid-19 (0,89% do quadro de pessoal). Deste grupo 6 estão curados. Neste domingo há 3 funcionários da JBS internados no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, dois ainda aguardam o resultado do teste.

O estado mais grave é o de dona Ana Alice Lucas, entubada desde sexta-feira. Ela tem mais de 20 anos de casa. Estava de férias, quando voltou ao trabalho apresentou os primeiros sintomas e foi afastada das funções. A filha e os netos testaram positivo (com sintomas leves ou assintomáticos) estão em quarentena.

Na sexta-feira o Sindaves recebeu denuncia de que uma funcionária com diagnóstico de hipertensão teve o afastamento recusado pelo Recursos Humanos. Na sexta-feira ela passou mal por volta das 23 horas e ficou até às 2 horas da manhã no ambulatório. A filha, que também trabalha empresa, pediu o apoio de um colega para levar a mãe até à UPA no carro dele. É que a enfermeira de plantão na empresa se recusou a encaminhar de ambulância a trabalhadora para atendimento médico. Alegou que o mal-estar da funcionária não era um problema de saúde que justificasse o atendimento de urgência.

Outra reclamação partiu de dona Roseli Padilha que na sexta-feira, quando chegou para trabalhar, foi surpreendida com a demissão. Ela faz parte do grupo risco (é hipertensa) e deveria estar afastada.

Em vídeo postado nas redes sociais, o presidente do Sindaves relatou o caso de um funcionário (que está com férias vencidas), mas continua trabalhando muito embora tenha tido contato com familiares que testaram positivo.