Testemunha diz que soldadinho foi morto com 4 tiros e ordem partiu do PCC

A noite sangrenta que marcou o sábado Sidrolândia teria contado com a participação de um integrante da organização criminosa que controla os presídios e o tráfico de drogas. Segundo uma testemunha, Ivaldo Pinheiro Machado, o soldadinho, foi assassinado por volta das 23h30 na Praça do São Bento, com 4 tiros no rosto.

Os tiros a queima roupa teriam sido disparados por “soldado” do PCC que cometeu o crime para vingar a morte de Rodrigo Mattos, que Ivaldo havia matado algumas horas antes com um golpe de faca na barriga.

A desavença foi durante uma festa de aniversário no início da noite de ontem na comunidade Jatobá. Conforme relato à Polícia de T.P, seu marido teria cometido o homicídio por ciúmes dela. Deixado na porta do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, Rodrigo morreu logo após o primeiro atendimento.

A presença destes personagens com conexões criminosos, principalmente a venda de drogas, conforme relato de moradores ouvidos pela reportagem (sob compromisso de preservação das suas identidades) não é uma exceção na Comunidade Jatobá, a ocupação iniciada há dois anos, quando o MST organizou centenas de pessoas a ocupar os 14 hectares da antiga esplanada ferroviária.

“Muitos chegam, expulsam os antigos moradores, se estabelecem e montam bocas de fumo para venda de drogas a plena luz do sol”, contam. Intimidam os vizinhos que preferem se calar com medo das retaliações. “A Polícia raramente passa por aqui”, informam.

Rodrigo Mattos e Ivaldo Pinheiro, mortos neste sábado, são apenas dois das dezenas de “soldados” recrutados para o tráfico formiga que abastecem dezenas de bocas de fumo espalhadas pela cidade, além de atender usuários espalhados por praças e áreas públicas.