Sidrolandia
Adoção: Amor deve ser o maior motivador dos futuros pais
Veja o que psicólogos indicam aos pais quando há o desejo de adotar uma criança
Donna
19 de Outubro de 2010 - 07:15
Adoção não é caridade, ferramenta para superar o luto por um filho perdido, tampouco solução para manter um casamento. Adoção é entrega e amor a um filho gerado por outra pessoa.
Por isso, requer a mesma dedicação para criar, ensinar, acalentar e acompanhar a criança, tal qual aquela nascida de uma gestão tradicional porém com a particularidade de que a espera pode ultrapassar quatro anos.
É preciso saber se (o pretendente à adoção) poderá abrir mão do seu tempo, terá disponibilidade e poderá se dedicar ao filho como ele precisa. Todo filho precisa ser desejado, independente de ser biológico ou adotado afirma a psicóloga Andrea Filippini Dal Conte, da organização não governamental (ONG) Instituto Filhos.
Pais adotivos não estão isentos de ter medos e inseguranças. Especialistas enumeram alguns desses temores: receio de que a criança queira conhecer suas origens, dúvida entre contar-lhe ou não sobre a adoção e as dificuldades vividas por crianças maiores estão entre os principais.
Alguns comentam sobre o mito do sangue ruim, têm medo de que a criança herde traços negativos de caráter.
Isso são fantasmas, temores que não correspondem à realidade explica a psicóloga Paula Chiapinotto Triches, também do Instituto Filhos.
É fundamental que a criança se sinta acolhida e amada. Mas não pode ficar sempre sob a imagem de coitadinha.
Ela terá aspectos dolorosos na sua história, mas a vida não poderá ficar pautada pela vitimização. É essencial impor limites completa.
As psicólogas concordam que manter a naturalidade é essencial. Elas explicam, por exemplo, que preparar os filhos de sangue para receber um adotado implica o mesmo esforço empregado quando o irmão esperado é biológico.
Quando se decide adotar, começa-se a explicar que virá um irmãozinho. A gestação da adoção não é a lógica, que dura nove meses, mas vai ocorrer como se fosse a espera por um filho biológico. Tem que dizer que virá um irmão adotado, mas não se sabe quanto tempo vai demorar afirma Andrea.
Quem pode adotar?
Homens e mulheres maiores de 18 anos, e que tenham no mínimo 16 a mais que a criança. Podem ser casados, solteiros, divorciados, hetero ou homossexuais.